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Governo espanhol tenta afastar debate independentista catalão da Copa do Rei

José Ramón Lete, presidente do Conselho Superior de Esportes, adverte: "Tem que cumprir a norma. Se violadas as regras contra violência, medidas serão tomadas"

Torcedores do Barcelona fazem protesto pelos presos políticos.
Torcedores do Barcelona fazem protesto pelos presos políticos.LLUIS GENE (AFP)
Robert Álvarez
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A final da Copa do Rei, que será disputada entre Barcelona x Sevilla neste sábado, às 16h30 (horário de Brasília), levantou numerosas opiniões sobre a mistura entre esporte e política em meio a tensões levantadas pelo movimento independentista da Catalunha. Muitos torcedores do Barça vaiaram o Rei e o hino espanhol durante as últimas quatro finais disputadas por sua equipe (2014, 2015, 2016 e 2017), as três últimas vencidas.

Vários fãs catalães incentivam para os torcedores do Barcelona levem uma camisa amarela como “amostra de compromisso com a liberdade dos presos políticos e dos exilados” ao jogo no Wanda Metropolitano. Josep Maria Bartomeu, presidente do Barcelona, falou na quarta-feira: “Quando se vaia não se está menosprezando um símbolo, senão protestando pelo que aconteceu na Catalunha nos últimos anos”.

José Ramón Lete, presidente do Conselho Superior de Esportes (CSD, na sigla espanhola), respondeu ontem: “No CSD respeitamos a liberdade de expressão. Essa liberdade de expressão, tolerância e respeito pedimos também para os símbolos que nos unem como espanhóis. Não gostamos de misturar a política com o esporte. Tem que cumprir a norma. Se violadas as regras contra violência, medidas serão tomadas”, concluiu, na mesma linha de pensamento do ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido.

A ministra de Agricultura e Pesca, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina, falou da questão em L’Hospitalet de Llobregat, segundo município mais populoso catalão. “Muitos de nós nos sentimos ofendidos quando se vaia o que sentimos e amamos, que é nossa pátria, nossa nação, a Espanha. Entendo que é uma falta absoluta de respeito. O senhor presidente do Barça não gostaria de escutar ninguém vaiando o hino de sua quipe. Isso não pode ser considerado uma forma de se expressar, é uma falta de respeito ao que o Barcelona significa”, concluiu Tejerina.

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