_
_
_
_
_

Barry Bennell, ex-treinador, é condenado a 30 anos de prisão por abusar de 12 crianças de 8 a 15 anos

O inglês treinou a equipe do Crewe Alexandra, hoje na quarta divisão inglesa, durante os anos 80 e 90

Jason Dunsford e Chris Unsworth, abusados sexualmente por Barry Bennell, se abraçam depois do julgamento.
Jason Dunsford e Chris Unsworth, abusados sexualmente por Barry Bennell, se abraçam depois do julgamento.AFP
Mais informações
Jogadores se unem contra o abuso sexual no futebol
Padre, treinador de futebol e, agora, suspeito de molestar garotos

O ex-treinador inglês, Barry Bennell, foi condenado nesta segunda-feira a 30 anos de prisão por abusar e violar 12 crianças de 8 a 15 anos entre os anos de 1979 e 1991. Bennell, de 64 anos, foi funcionário do Crewe Alexandra, equipe da quarta divisão inglesa, e tinha vínculos com o Manchester City e com vários clubes do noroeste da Inglaterra. O juiz do Tribunal da Coroa de Liverpool, Clement Goldstone, foi quem ditou a sentença.

"Esse monstro decidiu que era divertido me usar como um brinquedo sexual", declarou uma das vítimas, segundo apurou a BBC. Outros homens que sofreram os abusos do ex-treinador confessaram ter pensado no suicídio, ter se envolvido com bebidas e drogas e ter se sentido incapazes de ter relações sexuais de forma normal.

"Para esses garotos, ele apareceu como um deus. Na realidade, era o diabo encarnado. Roubou suas infâncias e sua inocência", declarou Goldstone, enquanto o condenado negava com a cabeça em silêncio. O juiz ressaltou que Bennell chantageava os rapazes que resistiam e ameaçava prejudicar suas carreiras esportivas. O público que assistiu ao julgamento aplaudiu quando o culpado abandonou a sala.

Na última terça-feira, um tribunal inglês considerou culpado o ex-treinador por 64 casos de abusos sexuais. Bennell, que naquele momento não estava presente no tribunal, alegou através de videoconferência que estava doente. O promotor o chamou de "predador" e "pedófilo convicto", que abusava sexualmente de crianças pequenas "em escala industrial". 

O condenado mudou seu nome para Richard Jones em 1995, quando foi condenado a nove anos de prisão depois de admitir 23 casos de abusos a crianças entre 9 e 15 anos. Em 2015, foi sentenciado a dois anos de cárcere por abusar de uma criança de 12 anos em um acampamento de futebol nas proximidades de Macclesfield (noroeste da Inglaterra).

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_