VÍDEO | Febre amarela: quem deve se vacinar em São Paulo? Médico responde
Juvêncio Furtado, professor da Faculdade de Medicina do ABC- SP, diz que não há razão para pânico Paulistanos sem contato com mata nativa podem esperar filas diminuírem, afirma o infectologista
Há ansiedade e tensão em São Paulo por causa do aumento de número de mortes provocadas pela febre amarela no Estado. Desde janeiro de 2017, 36 pessoas morreram. As cifras sobre o problema provocaram uma corrida aos postos de saúde e filas quilométricas em busca da vacina na região metropolitana da capital. Na manhã desta sexta-feira, houve tumulto em um posto da zona leste da capital paulista porque moradores cobravam acesso à imunização. Diante do quadro, a Secretaria de Saúde estadual do Governo Geraldo Alckmin decidiu antecipar em alguns dias o programa de vacinação em 54 cidades: irá do dia 25 de janeiro a 17 de fevereiro. A meta é vacinar 8,3 milhões de pessoas. Veja aqui a lista dos postos na capital e no Estado.
A febre amarela causa especial apreensão por causa da alta taxa de mortalidade: entre 40% e 50% dos infectados não sobrevivem. Os especialistas, no entanto, dizem que não há motivos para pânico. No vídeo acima, o médico Juvêncio Furtado, professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC- SP, conversou com o EL PAÍS sobre a questão. Furtado afirma que devem buscar a vacina prioritariamente quem vive, visita ou planeja visitar em breve áreas consideradas de risco, que são as que fazem fronteira com zonas de mata nativa. No caso deda capital paulista, trata-se de áreas da zona norte e da zona sul. O médico explicou ainda, em entrevista na página do Facebook do jornal, os critérios para vacinação de crianças, idosos e portadores de algumas doenças. Furtado, que também é chefe do Departamento de Infectologia do Hospital Heliópolis em São Paulo, insiste que, para determinados grupos populacionais, é preciso analisar com o médico ou o profissional de saúde a relação entre benefício e risco na hora de decidir tomar a imunização. Grávidas em áreas de risco devem tomar uma dose, mas gestantes fora desta zona não precisam recorrer à vacina, ele explica. O mesmo vale para crianças com menos de 9 meses. Uma porcentagem mínima de pacientes têm reação à imunização, que pode provocar até mesmo a morte. Três casos de mortes relacionadas à reação à vacina foram registrados no Estado.
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