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Engenheiro demitido por publicar manifesto machista denuncia Google por “discriminação no trabalho”

Mensagem enviada a outros funcionários considerava que mulheres são biologicamente inferiores. James Damore já havia apresentado ação contra a empresa em agosto por “demissão improcedente”

Sede do Google em Mountain View, Califórnia
Sede do Google em Mountain View, CalifórniaAP

James Damore, o engenheiro demitido pelo Google em agosto por ter publicado um “manifesto machista”, voltou a atacar a empresa de tecnologia na Justiça na segunda-feira: o ex-funcionário alegou desta vez “discriminação e represálias trabalhistas por suas políticas conservadoras observadas, bem como por seu gênero masculino e raça branca”, de acordo com o escritório de advocacia Dhillon Law Group, que o representa. Damore apresentou a petição ao Tribunal Superior de Santa Clara, na Califórnia (EUA), juntamente com outro ex-engenheiro do Google, David Gudeman, demitido em dezembro de 2016. A petição se soma àquela que Damore apresentou no verão para “demissão improcedente”.

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A petição também alega que o Google é “abertamente hostil ao pensamento conservador”, que Damore e outros foram “marginalizados, desprezados e punidos” por seus pontos de vista e que a empresa é uma “câmara de ecos ideológicos que usa cotas de contratação ilegal”.

O ex-funcionário entrou no Google em 2013 como programador depois de ter estudado em Harvard e no Massachusetts Institute of Technology. Durante o verão de 2017, colocou em circulação um documento de dez páginas denunciando o “excessivo espírito progressista da empresa” e suas políticas de “promoção e recrutamento de mulheres no campo tecnológico”. Suas afirmações, de acordo com o texto, baseavam-se em “pressuposições comportamentais” e percepções sobre “por que as mulheres se entendem melhor com pessoas e os homens com máquinas”.

Em um comunicado, o Google se pronunciou contra o documento e seu conteúdo, e reafirmou que são contrários a todos os valores da empresa. No entanto, o executivo-chefe da companhia, Sundar Pichai, defendeu o direito de expressão dos funcionários e que a maior parte do comunicado poderia ser objeto de discussão. Apesar disso, acrescentou que algumas passagens violavam seu Código de Conduta e que ultrapassavam os limites dos estereótipos de gênero no trabalho, razão pela qual finalmente Damore foi demitido.

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