_
_
_
_
_

Veto ao “segunda sem carne” em São Paulo

Governador Geraldo Alckmin disse ao 'Canal Rural' qua vai barrar projeto aprovado na Assembleia

Alckmin em um restaurante da rede Bom Prato.
Alckmin em um restaurante da rede Bom Prato.Du Amorim (Divulgação)

O governador de Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta terça-feira que vai vetar o "segunda sem carne", projeto aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que instituía a dieta vegetariana às segundas-feiras na maioria dos órgãos públicos, com exceção de hospitais. “Embora bem intencionado, o projeto é equivocado, pois cerceia o direito das pessoas e desconsidera a capacidade de tomar decisões sobre sua própria alimentação”, afirmou o tucano ao Canal Rural.

A ideia acatada pela Assembleia se baseia no Segunda sem Carne, um movimento que existe em mais de 35 países e pede a redução de consumo de carne "pelas pessoas, pelos animais, pelo planeta". Em São Paulo, o autor do projeto foi o deputado Feliciano Filho (PEN), que a protocolou em fevereiro de 2016. A proposta agora vetada ainda previa uma multa pelo descumprimento da lei no valor de 300 unidades fiscais do Estado de São Paulo, o que corresponde hoje a 7.500 reais.

Mais informações
Como o bife do seu prato explica o desmatamento na Amazônia
A fragmentação da floresta deixa centenas de espécies sem território

A reação à aprovação pela Assembleia foi imediata na semana passada. Várias entidades que representam pecuaristas se manifestaram contra a medida cobrando o veto de Alckmin, um movimento esperado dada a importância econômica do setor no Estado e no país, ainda mais em pleno ano eleitoral. Para as entidades, a medida era autoritária e limitava o direito de escolha dos cidadãos.

Já os ativistas vegetarianos argumentam que a restrição seria benéfica. Quatro fatores ambientais estão em jogo na produção da carne: a superfície ocupada pelas pastagens; a água consumida, tanto por parte dos animais como no processo de produção; os gases de efeito estufa provocados pela flatulência do gado. No caso brasileiro, um estudo também liga frigoríficos e suas áreas de compra na Amazônia à maior parte do desmatamento recente na zona.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_