Como ver a chuva de estrelas do fim de semana
Noites de sexta-feira, 11, e sábado, 12, serão as melhores para observar as Perseidas
Nas noites de sexta-feira, 11, e sábado, 12, de agosto, a Terra cruzará pelo mesmo local por onde passou o cometa Swift-Tuttle em 1992. O efeito causado no céu será o de uma chuva de estrelas. Aquela bola de gelo e rochas do tamanho de uma grande cidade deixou atrás de si um rastro de poeira e pequenas pedras que se transformarão em estrelas cadentes quando entrarem em contato com a atmosfera terrestre. Será algo parecido à passagem de um carro contra uma nuvem de mosquitos que se chocam contra o vidro. Os restos do cometa, de poucos centímetros de diâmetro, entrarão na atmosfera a 160.000 quilômetros por hora, ficando mais quentes pela fricção até alcançarem milhares de graus de temperatura e tornarem-se incandescentes.
Esse festival de estrelas cadentes, conhecidas como Perseidas, recebeu seu nome porque parece surgir do local no céu onde está a constelação de Perseus. São muito conhecidas e existem referências ao fenômeno em documentos chineses de 36 d.C. na Europa medieval passaram a ser conhecidas como Lágrimas de São Lourenço, um mártir que de acordo com a tradição morreu queimado em uma fogueira. A festa em sua homenagem acontece em 10 de agosto, próxima aos dias em que nosso planeta passará pelo rastro deixado pelo Swift-Tuttle.
Para observar as estrelas só é preciso se afastar o máximo possível das luzes das grandes cidades, que ofuscam o brilho do céu, e olhar na direção nordeste, acima do equador. No ano passado, no período de maior atividade, esperado para as noites de sexta-feira e sábado, foi possível ver entre 100 e 150 meteoros por hora, agora, conturo, espera-se que o evento seja de menores proporções. Esses dois dias serão os de melhor observação, mas estrelas cadentes poderão ser vistas de hoje até o dia 16 de agosto.
As Perseidas são a chuva de estrelas mais popular no hemisfério norte por ocorrerem no verão, mas ao longo do ano teremos mais de 100 eventos parecidos graças à passagem da Terra pelo rastro de outros cometas.
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