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PF prende piloto de avião com cocaína mas não esclarece de onde aeronave decolou

FAB havia informado que decolagem partiu de fazenda da família de Blairo Maggi, mas polícia diz que ainda investiga procedência

Marina Rossi
Foto cedida pela PM de Goiás do momento da apreensão.
Foto cedida pela PM de Goiás do momento da apreensão.EFE
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A Polícia Federal de Goiás confirmou que prendeu duas pessoas na noite de segunda-feira, e que uma delas é o piloto do avião interceptado no domingo com meia tonelada de cocaína no município de Jussara (GO). A apreensão foi feita depois que a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou a aeronave porque ela não cumpriu a rota fornecida às autoridades e parou de responder ao comando.

Na segunda-feira, a FAB publicou uma nota informando que o piloto da aeronave disse, no momento da apreensão, que o avião decolou da Fazenda Itamarati Norte, no município de Campo Novo do Pareceis (MT). A fazenda pertence ao Grupo Amaggi, empresa do ramo agrícola da família do ministro da Agricultura e senador licenciado, Blairo Maggi (PP-MT). A Polícia Federal no entanto não confirma, mas também não desmente a informação. Diz apenas que "as investigações esclarecerão de onde partiu e para onde iria de fato a aeronave".

Ao EL PAÍS, a PF de Goiás também afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que o piloto e o segundo homem detido estão presos na sede da PF no Estado, e que a previsão é que eles sejam encaminhados à Casa de Prisão Provisória nos próximos dias.

Já o ministro Blairo Maggi, que vinha se pronunciando somente por sua conta no Twitter, publicou, na segunda-feira à noite na rede social, uma reportagem do site G1. O texto afirma que o piloto e o copiloto informaram à PF que trouxeram a droga da Bolívia e que não estiveram na fazenda Itamarati Norte, ao contrário do que foi divulgado pela FAB. O site também diz que eles tinham como destino a cidade de Jussara, onde a aeronave fora interceptada.

Na manhã desta terça, o ministro publicou uma nota em sua página no Facebook afirmando que a notícia envolvendo seu nome é falsa. "Boatos e notícias falsas colocaram meu nome em destaque como um dos tópicos mais comentados ontem no Facebook e Twitter, por causa de um avião, que supostamente, teria decolado da fazenda arrendada pela Amaggi", escreveu o ministro. "Já tive informações oficiais de que foram presos o piloto e o copiloto do avião interceptado com carregamento de entorpecentes em Goiás. Eles afirmaram à Polícia Federal que não saíram da Fazenda Itamarati, na região do município de Campo Novo dos Parecis". Maggi acusou a imprensa de publicar notícias sem antes verificar a veracidade delas, de criar factoides e "publicar e compartilhar qualquer notícia".

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