Russell Westbrook, o rei do triplo duplo, MVP da temporada na NBA
Green (defensor), Brogdon (calouro), Gordon (sexto homem), Antekoumpo (evolução) e D’Antoni (técnico) também são premiados
O número 0 do Oklahoma City Thunder é o número 1 da temporada regulamentar da NBA. Russel Westbrook foi escolhido o MVP da temporada regular, em uma cerimônia inédita realizada em Nova York 75 dias depois do encerramento daquela etapa do torneio e do início dos ‘playoffs’ em que o Golden State ganhou o troféu e Kevin Durant ganhou como MVP das finais. Foi a primeira vez na história que a NBA decidiu jogar tão para a frente a entrega dos prêmios para os melhores da temporada regulamentar. Desta vez, foram anunciados também os três finalistas em cada uma das categorias premiadas, mas foi preciso aguardar a realização de uma cerimônia transmitida ao vivo pela televisão para conhecer os nomes dos vencedores.
Apesar da forte concorrência, em especial de James Harden - há algumas semanas, circularam rumores de que ele seria o ganhador -, o nome de Westbrook parecia imbatível depois de suas apresentações na temporada. O armador, de 1,90 metro de altura e 90 quilos, eleito na quarta posição do ‘draft’ de 2008 pelo Seattle Supersonics, conquista, aos 28 anos, um importante reconhecimento, que se soma às suas várias marcas. É o segundo jogador da história a realizar mais triplos-duplos na temporada regulamentar, com 31,6 pontos, 10, 7 rebotes e 10,4 assistências nas 81 partidas que disputou. Foi o cestinha da Liga, o décimo em rebotes e o terceiro que mais assistências deu, sendo superado apenas por Harden e John Wall.
Até hoje, somente o legendário Oscar Robertson tinha conseguido fechar uma temporada com uma média de triplo-duplo: 30,8 pontos, 12,5 rebotes e 11,4 assistências em 1961-1962, mesma temporada em que acumulou 41 triplos-duplos. Westbrook também bateu essa marca, com 42 triplos-duplos na temporada regulamentar. Seu 42º triplo-duplo foi realizado, além disso, em uma partida em Denver na qual, além de 50 pontos, 16 rebotes e 10 assistências, ele fez o ponto triplo que deu a vitória à sua equipe no último segundo (105 a 106).
O reconhecimento de Westbrook ocorre na primeira temporada em que não atuou ao lado de Kevin Durant, que preferiu deixar o Oklahoma City para jogar no Golden State, com o qual acabou ganhando o título. “É muito fácil jogar ao lado de jogadores como o Kevin. Eles fazem o basquete parecer um videogame, mas que ninguém me subestime”, alertou o jogador, que escolheu o número 0 para a sua camiseta.
Os torcedores que elegeram as equipes titulares para o último All Star de Nova Orleans não o incluíram no da Conferência do Oeste. Optaram por Stephen Curry e James Harden. Mesmo assim, Westbrook, saindo do banco de reservas, quase obteve o seu terceiro MVP consecutivo no All Star, com 41 pontos, 5 rebotes e 7 assistências. Somente o recorde de 52 pontos obtido por Anthony Davis perante o seu público de Nova Orleans impediu que isso acontecesse.
Westbrook não conseguiu evitar a eliminação dos Thunder na primeira rodada dos ‘playoffs’ diante dos Houston Rockets, por 4 a 1. Sua equipe perdeu a última partida por 105 a 99, apesar dos 47 pontos, 11 rebotes e 9 assistências de Westbrook. Foi o seu terceiro triplo-duplo consecutivo nos ‘playoffs’. Somente Wilt Chamberlain, em 1967, havia conseguido realizar algo semelhante. “Ele tem e mesma mentalidade que Michael Jordan”, afirma Penny Hardaway, armador que brilhou na NBA durante 14 temporadas.
A escolha de Westbrook recebeu algumas críticas relativas à sua capacidade de fazer a sua equipe como um todo melhorar. Somente três jogadores, na história, foram MVP atuando em equipes que chegaram ao quarto lugar, ou menos, em suas Conferências. Os Thunder, com 47 vitórias, acabaram em sexto lugar no Oeste na temporada 2016-2017. E o último MVP a ter atuado em um time que venceu menos de 50 jogos, excluindo a temporada interrompida pela greve patronal, foi Moses Malone, em 1982.
É difícil entender, também, como é que os três atletas que mais brilharam nos ‘playoffs’ –LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant— e que também realizaram médias impressionantes nas equipes que alcançaram mais vitórias na temporada regulamentar, não tenham estado nem sequer entre os candidatos a MVP.
Draymond Green ganhou o prêmio de Defensor do ano. O ala-pivô do Golden State, aos 27 anos, fechou uma temporada extraordinária com médias de 10,2 pontos, 7,9 rebotes, 4,1 assistências, 1,4 roubadas de bola e 1 toco.
Eric Gordon (Houston) foi eleito o melhor sexto homem da Liga após uma campanha em que teve uma média de 16,2 pontos, 2,7 rebotes e 2,5 assistências em 75 jogos, sendo apenas 15 no quinteto titular.
O prêmio de melhor calouro foi para Malcolm Brogdon. A escolha do base do Milwaukee Bucks foi uma pequena surpresa. Ele foi eleito no lugar 36 do ‘draft’ de 2016. É um calouro cm 24 anos e que disputou 75 partidas, 28 como titular, fazendo uma média de 10,2 pontos, 4,2 assistências, 2,8 rebotes e 1,1 roubada de bola.
O pivô dos Sixers, Joel Embiid, registrava médias muito acima das de Brogdon em sua primeira temporada, depois de ter ficado afastado, por lesão, em duas. Mas só pôde jogar 31 partidas e isso, além da classificação ruim de seu time, provavelmente diminuiu muito as suas chances apesar dos 20,2 pontos e 7,8 rebotes, em média, que registrou.
Mike D’Antoni foi eleito o melhor técnico da temporada, tendo obtido 55 vitórias com o Houston na temporada regulamentar. Os Rockets terminaram a Conferência do Oeste em terceiro lugar e eliminaram nos ‘playoffs’ o Oklahoma City por 4 a 1 na primeira rodada, caindo diante do San Antonio por 4 a 2 nas semifinais da Conferência.
D’Antoni convenceu Harden a jogar como base, e os Rockets, com uma média de 115,3 pontos por partida, foram a segunda melhor equipe em termos de ataque, atrás apenas do Golden State. Os Rockets foram, de longe, o time que fez mais cestas de três pontos, com uma média de 40 pontos por jogo.
O pivô Willy Hernangómez teve o seu excelente final da temporada com os Knicks compensado ao ser incluído no melhor time de calouros. O atleta espanhol, que completou 23 anos de idade em maio, disputou 72 jogos em sua primeira participação, sendo 22 como titular. Fez médias de 8,2 pontos, 7 rebotes, 1,3 assistências e 18,2 minutos. Outros espanhóis que integraram o melhor quinteto de calouros nos anos anteriores foram Nikola Mirotic (2015), Ricky Rubio (2012), Jorge Garbajosa (2007) e Pau Gasol (2002).
TODOS Os PRÊMIOS
MVP
Russell Westbrook (Oklahoma City) 888 pontos
Finalistas: Harden (Houston), 753 pontos e Leonard (San Antonio), 500.
Rookie do ano
Malcolm Brogdon (Milwaukee)
Finalistas: Embiid e Saric (Sixers).
Melhor sexto homem
Eric Gordon (Houston)
Finalistas: Iguodala (Golden State) e Lou Williams (Houston)
Jogador que mais evoluiu
Antetokounmpo (Milwaukee)
Finalistas: Gobert (Utah) e Jokic (Denver)
Melhor defensor
Draymond Green (Golden State)
Finalistas: Gobert (Utah) e Leonard (San Antonio)
Melhor técnico do ano
Mike D’Antoni (Houston)
Finalistas: Gregg Popovich (San Antonio) e Erik Spoelstra (Miami)
Melhor quinteto da NBA
Westbrook (Oklahoma City), Harden (Houston), Leonard (San Antonio), LeBron James (Cleveland) e Anthony Davis (Nueva Orleans)
Segundo melhor time: Isaiah Thomas (Boston), Curry (Golden State), Durant (Golden State), Antetokounmpo (Milwaukee) e Gobert (Utah).
Terceira melhor equipe: Wall (Washington), DeRozan (Toronto), Butler (Chicago), Draymond Green (Golden State) e DeAndre Jordan (Clippers).
Time ideal de calouros
Brogdon (Milwaukee), Hield (Sacramento), Saric (Philadelphia), Embiid (Philadelphia) e Willy Hernangómez (New York).
Melhor quinteto defensivo
Chris Paul (Clippers), Beverley (Houston), Leonard (San Antonio), Draymond Green (Golden State) e Gobert (Utah).
Melhor companheiro
Dirk Nowitzki (Dallas)
Melhor assistência
Draymond Gree e Curry
Melhor toco
Kawhi Leonard
Melhor enterrada
Victor Oladipo
Melhor conduta esportiva
Kemba Walker
Conjunto da obra na carreira
Bill Russell
Melhor jogada vencedora
Russell Westbrook
Melhor atuação
Klay Thompson: 60 pontos em 29 minutos
Melhor momento dos ‘playoffs’
O ponto triplo de Kevin Durant no terceiro jogo da final
Prêmio Craig Sager
Monty Williams
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