Marc Márquez: “Brasil merece uma corrida de Moto GP”
Tricampeão mundial de motovelocidade exalta Ayrton Senna e torcida do Corinthians
A temporada não começou bem para o espanhol Marc Márquez, 24, tricampeão do mundo na categoria principal do Moto GP. O piloto da Honda jamais havia passado as duas primeiras corridas sem ao menos uma vitória desde que ascendeu à elite da motovelocidade. Na última prova, na Argentina, ele sofreu uma queda e abandonou na terceira volta. Em passagem pelo Brasil, na última terça-feira, ele conversou com o EL PAÍS e se disse confiante em uma recuperação na próxima corrida, em Austin, nos Estados Unidos, onde venceu simplesmente todas as provas que disputou. “Costumo ter sorte em Austin. Sempre me senti muito à vontade no circuito. Espero conseguir pelo menos o primeiro pódio da temporada”, diz Márquez.
Em um evento da Honda, em São Paulo, ele posou com a camisa do Corinthians, patrocinado pela mesma cervejaria que investe na carreira do piloto desde seus 17 anos. Marc Márquez, que é torcedor do Barcelona, elogiou o clube paulista e, principalmente, sua torcida. “Sou fã de futebol e, como sempre acompanhei vários campeonatos, conheço o time há muito tempo. A torcida do Corinthians é incomparável. Acho fantástica a festa que eles fazem no estádio.”
Embora seja admirador de Ayrton Senna, a quem define como “um mito do automobilismo”, ele descarta tentar igualar o feito de John Surtees. O britânico, que morreu em março, aos 83 anos, é o único piloto campeão mundial tanto no Moto GP quanto na Fórmula 1. “As pessoas perguntam isso porque veem que os pilotos de motovelocidade são capazes de andar rápido. Mas é quase impossível triunfar nas duas modalidades. Os pilotos de Fórmula 1 são muito especializados, desde pequenos guiam um carro e se dedicam a isso. Meu mundo é a moto. Experimentar um carro de Fórmula 1 um dia, por que não? Isso sim me interessaria, porque é adrenalina. Mas não estou preparado para pilotar um carro profissionalmente.”
Marc Márquez também comentou sobre as rusgas que teve com Valentino Rossi em 2015, quando o italiano o acusou de favorecer o compatriota Jorge Lorenzo na disputa pelo título mundial. “Me incomodou e me surpreendeu a acusação de Valentino, mas foi algo de momento. Isso me doeu porque, afinal, não há amigos no Moto GP. Todos queremos ganhar. Dá igual ser do mesmo país ou da mesma equipe. Eu sempre quero chegar em primeiro. Mas viramos a página e nossa relação voltou a ser normal”, afirma o piloto.
O espanhol, que detém o recorde de pole positions contando todas as categorias do Moto GP – 66, no total –, ainda revela o desejo de um dia correr no Brasil. A última prova disputada em solo nacional foi em 2004, no extinto autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. “O Brasil merece uma corrida de Moto GP. É um país muito grande, com uma população enorme, apaixonada por velocidade. Tenho muitos fãs brasileiros nas redes sociais. Na Argentina, por exemplo, havia muitos torcedores que viajaram do Brasil só para assistir à prova. É fundamental voltar a ter uma pista apropriada para receber motos. Seria lindo disputar um GP aqui.”
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