Assim é Belichick, treinador do New England Patriots
Técnico de 64 anos é filho de militar e se destaca por sua capacidade de descobrir talentos
"O que acontece com Bill é que não só sabe que tipo de jogadores se encaixam em seu sistema como também pode entrar na cabeça das pessoas.” É uma das citações que o jornalista Michael Holley, do New York Times, expõe em seu livro Belichick and Brady: Two Men, the Patriots and How They Revolucionized Football (Belichick e Brady: dois homens, o Patriots e como eles revolucionaram o futebol americano) (Hachette Book, 2016). Nele é retratada a relação treinador-jogador mais frutífera da história do esporte mais seguido nos Estados Unidos, desde que uniram suas carreiras em 2000. Com seu quinto Super Bowl juntos eles superam os quatro de Tom Landry e Roger Saubach com o Dallas Cowboys; de Marv Levy e Jim Kelly com o Buffalo Bills; e Chuck Noll e Terry Bradshaw, do Pittsburgh Steelers.
Com 26 temporadas, William Stephen Belichick, conhecido como Bill (Nashville, 64 anos), é o treinador mais longevo da NFL em atividade, e depois do último título conquistado – o quinto para a equipe de Boston nos últimos 16 anos –, é o principal candidato a melhor treinador do ano, distinção que já obteve em 2003, 2007 e 2010. “Este triunfo é de todos os jogadores que deram tudo no campo de jogo, o mérito é deles, que deram o melhor de si”, afirmou Belichick depois da partida, em uma mensagem que transmite o argumento principal de seu manual.
Steve, seu pai, foi treinador assistente na Academia Naval do Exército norte-americano e em 1950 escreveu o livro Football Scouting Methods (métodos de recrutamento no futebol), um manual que ainda hoje continua sendo uma referência para qualquer treinador. E, como não, para seu filho. “A chave simplesmente foi não baixar nunca os braços e seguir fazendo bem o que sabemos fazer, desde o início até o final”, enfatizou, fazendo valer o impacto do positivismo na resolução de situações limite, um dos pilares do seu método.
Antes de conquistar a glória com Brady, a história de Belichick não começou bem. Em sua primeira experiência como treinador principal fracassou com os Cleveland Browns, onde chegou depois de 15 temporadas como assistente. Nas cinco campanhas em que os dirigiu não conseguiu chegar a nenhuma final, mas bastou se unir ao quarterback californiano para entrar na história. “Amo o jogo, a paixão pelo jogo. Sinto paixão por ser parte de uma equipe, de um grupo, de um compromisso para atuar em alto nível e não ser egoísta”, disse o técnico do Tennessee em uma de suas últimas entrevistas à imprensa antes da final.
Os principais analistas do futebol americano qualificam Belichick como um especialista na análise dos pontos fracos de seu rival. “Vai se tornar o maior treinador da história”, garante Phil Simms, ex-jogador do New York Giants e que atuou com ele quando era assistente de Bill Parcells.
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