_
_
_
_

Coreia do Sul tem um plano para matar Kim Jong-un

Enviaria uma unidade de elite ao Norte se tivesse indícios de um ataque inimigo iminente

Manifestantes contra o líder norte-coreano depois do último teste nuclear.Foto: reuters_live | Vídeo: AHN YOUNG-JOON (AP) / REUTERS-QUALITY
Macarena Vidal Liy

A Coreia do Sul contempla o possível assassinato do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Foi o que admitiu o ministro da Defesa, Han Min-koo, em uma sessão parlamentar realizada na quarta-feira.

Mais informações
Erro de programação dá acesso a todas as páginas de Internet da Coreia do Norte
Coreia do Norte realiza o ensaio nuclear de maior potência de sua história
A Coreia superconectada contra a Coreia ‘incomunicável’
A missão impossível de informar na Coreia do Norte

A declaração de Han chegou como resposta à pergunta de um deputado, Ki Sung-chang, do partido no governo Saenuri, sobre os rumores que circulavam ativamente em Seul sobre a existência do plano.

Em sua resposta, divulgada pelo jornal Korean Times, o ministro esclareceu que a Coreia do Sul “considera ativar uma unidade de forças especiais para que assassinem o líder norte-coreano, Kim Jong-un”, no caso de a Coreia do Norte dar sinais inequívocos de estar a ponto de lançar um ataque contra seu vizinho do sul. O plano está incluído no projeto “Castigo e Resposta Maciça Sul-Coreana”, a resposta militar a uma hipotética agressão norte-coreana, que A Coreia do Sul anunciou depois que o regime de Kim realizou no dia 9 seu quinto teste nuclear.

Esse plano prevê que, no caso de ameaça iminente, a Coreia do Sul desfecharia um ataque preventivo que incluiria tanto o lançamento simultâneo de mísseis de alta precisão como o envio de unidades especialmente treinadas. O objetivo final seria a própria liderança norte-coreana e suas instalações militares.

“Se ficasse claro que o inimigo está dando passos para atacar o sul com mísseis nucleares, para impedi-lo a ideia é destruir figuras e áreas-chave que incluem a liderança norte-coreana”, especificou o ministro.

O projeto “Castigo e Resposta” faz parte, por sua vez, de uma estratégia militar para fazer frente a possíveis ameaças norte-coreanas e inclui também o escudo antimísseis já existente no país e um sistema de ataques preventivos a cargo do Comando Conjunto EUA-Coreia do Sul, conhecido como Kill Chain (Cadeia para Matar).

“Se ficasse claro que o inimigo está dando passos para atacar com seus mísseis nucleares, para impedi-lo a ideia é destruir figuras e áreas-chave que incluem a liderança norte-coreana”

A Coreia do Sul e os EUA preparam também o posicionamento, no território do sul, de um avançado escudo antimísseis de fabricação norte-americana, conhecido pela sigla THAAD. Esse escudo suscitou protestos da China e da Rússia, que consideram que pode ameaçar sua própria segurança e conduzir a uma escalada armamentista na região.

O teste nuclear do dia 9 foi o mais potente realizado até agora pela Coreia do Norte, que garantiu ter detonado uma ogiva atômica de tamanho suficientemente reduzido para montagem em seus mísseis.

Depois do anúncio norte-coreano, a ONU, que emitiu uma declaração de condenação, começou os preparativos para uma nova resolução que imponha novas sanções à Coreia do Norte. No entanto, as aprovadas até agora, incluídas as que constam da resolução 2270, de março, depois do quarto teste nuclear norte-coreano, não parecem ter afetado o desenvolvimento do programa de armamento do regime de Kim, que considera as bombas nucleares a garantia de sua sobrevivência. Ao longo deste ano já realizou dois testes nucleares e de diversos mísseis de distinto alcance, aparentemente cada vez com melhores resultados.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_