Temer pede a investidores em Nova York que voltem a confiar no Brasil
Presidente garante a plateia de executivos que o país recuperou a estabilidade política e legal
O presidente do Brasil, Michel Temer, declarou nesta quarta-feira em Nova York que no país onde acaba de assumir as rédeas de forma definitiva “a confiança retornou” e prometeu que quem estiver disposto a investir no gigante sul-americano pode estar certo de que será respeitado o que for acordado porque, ressaltou, a estabilidade política e legal foi restabelecida. “Tudo o que for assinado será cumprido”, afirmou diante de altos executivos norte-americanos.
O presidente do Brasil, Michel Temer, declarou nesta quarta-feira em Nova York que no país onde acaba de assumir as rédeas de forma definitiva “a confiança retornou” e prometeu que quem estiver disposto a investir no gigante sul-americano pode estar certo de que será respeitado o que for acordado porque, ressaltou, a estabilidade política e legal foi restabelecida. “Tudo o que for assinado será cumprido”, afirmou diante de altos executivos norte-americanos.
Um dia depois de defender perante a plataforma política mundial que é a ONU a legalidade do processo de destituição de sua antecessora, Dilma Rousseff, seu sucessor e antigo aliado se dirigiu a outra plateia que também quer conquistar: os necessários investidores internacionais.
Diante deles, primeiro em um encontro privado com duas dezenas de representantes de fundos de investimentos e, depois, em um almoço na America’s Society, Temer fincou pé na “certeza legal” que seu mandato garante, segundo afirmou, acompanhado da “estabilidade política”, também assegurada, disse ele, desde que se foi confirmado na presidência no dia 31 de agosto.
No entanto, Temer não pôde escapar na cidade norte-americana dos protestos e dúvidas que o perseguem desde o Brasil. Também em Nova York teve de responder a perguntas sobre o escândalo de desvio de recursos públicos conhecido como Lava Jato e sobre a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ameaça de julgamento por corrupção que pesa cada vez com mais certeza contra ele.
Temer disse não querer comentar a situação do ex-presidente para não entrar em areias movediças, mas garantiu que, se estivesse no lugar dele, iria à Justiça para defender seu caso. Temer não deu importância a uma pergunta sobre se acredita que um processo contra Lula poderia polarizar ainda mais a sociedade e se limitou a responder que, estando o caso em mãos da justiça, é aí onde a disputa legal tem de se desenrolar.
Do mesmo modo, esquivou-se de responder sobre a Lava Jato, alegando que se trata de “uma questão da justiça, não do ramo Executivo”, e reiterou sua intenção de “pacificar” um país convulsionado por protestos sociais pela crise econômica e política que está atravessando. Questionado se tinha consciência da corrupção no PT na época em que foi vice-presidente de Rousseff, ele afirmou que não. “Todo mundo sabe que eu não tinha participação no Governo e eu mesmo me rotulei como ‘vice-decorativo’”, respondeu.
Apesar de suas afirmações sobre a normalização da situação do Brasil, a divisão diante dos acontecimentos políticos dos últimos meses se tornou patente também em Nova York. Por um lado, nos protestos que perseguem Temer nestes dias nas ruas da cidade, onde dezenas de manifestantes o esperavam com cartazes e gritos denunciando o “golpe de Estado” que, segundo uma parte da sociedade, é o que significa o impeachment de Rousseff, e como a própria ex-presidenta qualificou sua destituição.
O protesto também chegou ao interior da sede da ONU, onde os representantes de seis países –Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua e Costa Rica– se levantaram na terça-feira e saíram do plenário quando Temer tomou a palavra na Assembleia Geral.
O presidente brasileiro não deu importância ao gesto –embora o Brasil tenha chamado seu embaixador na Costa Rica depois de o presidente Luis Guillermo Solis ter deixado o plenário da ONU– e garantiu que “nem sequer” se deu conta de que esses países se haviam retirado de uma sala, lembrou, que representa 193 nações. Mas deixou patente seu mal-estar ao repreender o jornalista que lhe fez a pergunta, recomendando-lhe “que leia a Constituição brasileira”. Basta lê-la, “não interpretá-la”, enfatizou, “para ver que é um governo legítimo”, afirmou Temer.
Um dia depois de defender perante a plataforma política mundial que é a ONU a legalidade do processo de destituição de sua antecessora, Dilma Rousseff, seu sucessor e antigo aliado se dirigiu a outra plateia que também quer conquistar: os necessários investidores internacionais
Diante deles, primeiro em um encontro privado com duas dezenas de representantes de fundos de investimentos e, depois, em um almoço na America’s Society, Temer ficou pé na “certeza legal” que, seu mandato garante, segundo afirmou, acompanhado da “estabilidade política”, também assegurada, disse ele, desde que é formalmente presidente.
No entanto, Temer não pôde escapar na cidade norte-americana dos protestos e dúvidas que o perseguem desde o Brasil. Também em Nova York teve de responder a perguntas sobre o escândalo de desvio de recursos públicos conhecido como Lava Jato e sobre a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ameaça de julgamento por corrupção que pesa cada vez com mais certeza contra ele.
Temer disse não querer comentar a situação do ex-presidente para não entrar em areias movediças, mas garantiu que, se estivesse no lugar dele, iria à Justiça para defender seu caso. Temer não deu importância a uma pergunta sobre se acredita que um processo contra Lula poderia polarizar ainda mais a sociedade e se limitou a responder que, estando o caso em mãos da justiça, é aí onde a disputa legal tem de se desenrolar.
Do mesmo modo, esquivou-se de responder sobre a Lava Jato, alegando que se trata de “uma questão da justiça, não do ramo executivo”, e reiterou sua intenção de “pacificar” um país convulsionado por protestos sociais pela crise econômica e política que está atravessando.
Apesar de suas afirmações sobre a normalização da situação do Brasil, a divisão diante dos acontecimentos políticos dos últimos meses se tornou patente também em Nova York. Por um lado, nos protestos que perseguem Temer nestes dias nas ruas da cidade, onde dezenas de manifestantes o esperavam com cartazes e gritos denunciando o “golpe de Estado” que, segundo uma parte da sociedade, é o que significa o impeachment de Rousseff, e como a própria ex-presidenta qualificou sua destituição.
O protesto também chegou ao interior da sede da ONU, onde os representantes de seis países –Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua e Costa Rica– se levantaram na terça-feira e saíram do plenário quando Temer tomou a palavra na Assembleia Geral.
O presidente brasileiro não deu importância ao gesto –embora o Brasil tenha chamado seu embaixador na Costa Rica depois de o presidente Luis Guillermo Solis ter deixado o plenário da ONU– e garantiu que “nem sequer” se deu conta de que esses países se haviam retirado de uma sala, lembrou, que representa 193 nações. Mas deixou patente seu mal-estar ao repreender o jornalista que lhe fez a pergunta, recomendando-lhe “que leia a Constituição brasileira”. Basta lê-la, “não interpretá-la”, enfatizou, “para ver que é um governo legítimo”, afirmou Temer.
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