_
_
_
_
_

Freira espanhola é assassinada a tiros no Haiti

A religiosa, vítima de um assalto, dedicava-se a trabalhos humanitários desde 2010

Imagem de arquivo da freira espanhola Isabel Solá.Vídeo: Imagens cedidas por 13TV

A freira espanhola Isabel Solá Matas, 51 anos, foi assassinada na manhã da última sexta-feira, em Porto Príncipe (Haiti), nas proximidades da catedral da cidade. Os autores do crime são desconhecidos. Segundo a imprensa local, abriram fogo contra a freira enquanto ela dirigia seu carro pela capital haitiana. A religiosa, natural de Barcelona, dedicava-se a trabalhos humanitários desde 2010.

Mais informações
Haiti continua lutando para sobreviver
Capacetes azuis trocam produtos por sexo no Haiti e na Libéria
O difícil renascer do Haiti

Solá Matas recebeu pelo menos dois disparos, segundo fontes da polícia. O motivo do crime parece ter sido assalto, já que os agressores levaram a bolsa e vários pertences da vítima. A religiosa convivia especialmente com os setores mais humildes de Porto Príncipe, desde o terremoto que assolou a capital e outras zonas do país caribenho em janeiro de 2010.Solá Matas pertencia à congregação católica Jesus Maria e residia no Haiti há oito anos, segundo o consulado espanhol. A religiosa era enfermeira e ajudava também em trabalhos de formação escolar.

Depois do terremoto que demoliu o Haiti, Solá Matas criou uma oficina de fabricação de próteses – chamada de “Projeto Haiti” – para pessoas mutiladas que foram afetadas pelo tremor, segundo informou o jornal catalão El Periódico. “Ela administrava esta oficina, que atualmente é gerida pelos próprios haitianos, e estava começando a montar outra escola, com a qual estava muito animada”, relatam familiares.

O diretor da instituição Obras Missionárias Pontifícias na Espanha, Anastasio Gil García, uniu-se à dor da família da religiosa Solá Matas em nome dos 13.000 missionários espanhóis ao redor do mundo. Em seu comunicado, também destacou o trabalho humanitário que estão realizando 20 missionários espanhóis no Haiti. A carta recolheu um depoimento escrito pela religiosa depois do terremoto que assolou o país, no qual ela descreve “a fortaleza do povo haitiano” e “agradece a ajuda e a solidariedade demonstradas pela Espanha”.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_