Após eliminação da Copa América, Dunga diz não ter medo de ser demitido
Treinador da seleção ganhou só 5 das 13 partidas oficiais que disputou nesta segunda passagem pelo cargo
![Juan Morenilla](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2Fcc05e51d-51e4-4c32-ad92-d15e3cd15f02.png?auth=044c8016cfb06655ee2060b52d6f4a35f4a0e142eac19f5bc38b2e0af65e34ca&width=100&height=100&smart=true)
![Dunga, durante o jogo.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/RKIU67TDUUZJEHBYFCR5RRKGQQ.jpg?auth=108e05bde87b409db8dc5a8f1a950dee21dcc391059221c93908ab1bf904a2b9&width=414)
“Só de uma coisa eu tenho medo, da morte. Do resto eu não tenho”, resumiu Dunga na noite de domingo, comentando a hipótese de ser demitido depois da eliminação da seleção brasileira na Copa América. Todas as críticas apontam para o treinador, por mais que a derrota frente ao Peru tenha sido marcada pelo escandaloso gol de mão marcado por Ruidíaz.
Dunga defendeu seu trabalho à frente da seleção, à qual voltou em julho de 2014 – já havia ocupado o cargo entre 2006 e 2010 – com a tarefa de reconstruir a equipe após a humilhante derrota por 7 x 1 para a Alemanha na Copa do Mundo do Brasil.
Nestes dois anos, Dunga de fato renovou o time, a tal ponto que, na equipe titular que estreou nesta Copa América contra o Equador (0 x 0), não havia nenhum jogador que havia participado do desastre no Mineirão. A equipe é outra, as caras são novas, mas os resultados (e o jogo) não acompanham. O Brasil caiu nas quartas de final da Copa América passada, contra Paraguai, nos pênaltis, e nesta edição extraordinária do centenário do torneio não superou a fase de grupos. Enquanto isso, anda na corda-bamba nas Eliminatórias para a Copa de 2018, na Rússia. É apenas o sexto colocado entre as 10 equipes, com duas vitórias, três empates e uma derrota, 11 gols a favor e 8 contra. Estão em jogo quatro vagas diretas para a Copa, e o quinto colocado disputa uma repescagem – se a competição terminasse hoje, o Brasil estaria fora, com apenas 9 pontos, atrás de Uruguai, Equador (ambos com 13), Argentina (11), Chile e Colômbia (10).
Esse é o grande medo de Dunga, a ameaça de ficar fora da Copa. “O presidente [da CBF] sabe como estamos fazendo, como estamos trabalhando, sabemos sobre a pressão e sabemos que o trabalho vem com as críticas. Quando se trabalha para a seleção brasileira, é preciso saber que as críticas vão aumentar quando não se obtêm resultados, mas internamente sabemos o que estamos fazendo”, disse o técnico após o jogo. Nesta segunda passagem pela seleção, Dunga dirigiu o time em 13 jogos oficiais. Venceu apenas cinco, empatou outros cinco e perdeu três.