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Rafael Nadal será o porta-bandeira espanhol no Rio

Tenista foi eleito por unanimidade "por seu perfil humano e esportivo" e "por ter-se tornado uma lenda"

Eleonora Giovio

Desta vez sim. Desta vez, Rafa Nadal será o porta-bandeira da Espanha na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo 5 de agosto. O campeão olímpico de Pequim 2008 tinha sido escolhido para os Jogos de Londres 2012, mas teve de abrir mão por estar lesionado. “O esporte espanhol lhe deve isso”, disse Alejandro Blanco, presidente do Comitê Olímpico Espanhol (COE), no fim de março no Café da Manhã com a Europa Press.

A assembleia de esportes olímpicos realizada esta manhã em Madri escolheu oficialmente o tenista espanhol de 29 anos como porta-bandeira. Será Nadal, portanto, que levará a bandeira da Espanha no desfile de abertura dos Jogos no Rio, daqui a 100 dias. “Foi proposto por unanimidade e escolhido por unanimidade. Falar dele é fácil, todo mundo tem consciência de seus resultados e de sua imagem, mas Rafa vai além de ser um esportista, tornou-se uma lenda. Por seu nível pessoal e esportivo, por suas declarações e por seus feitos o escolhemos como nosso porta-bandeira”, explicou Alejandro Blanco depois da assembleia (à qual não compareceram as federações de basquete, futebol, esportes de inverno, esgrima, pentatlo moderno, rúgbi e triátlon).

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“Todos ficaremos orgulhosos de ver Nadal desfilar com a bandeira. Disse agora a Rafa que meia Espanha vai chorar, e eu serei o primeiro, quando o virem na cerimônia de abertura”, acrescentou Blanco.

O tenista espanhol afirmou antes dos Jogos de Londres que um de seus maiores sonhos era ser o porta-bandeira da Espanha e que abrir mão disso tinha sido um dos momentos mais tristes de sua carreira. Quatro anos depois poderá fazer sua pequena revanche. Chega ao Rio em boa forma, depois de ter conquistado Montecarlo e o Torneio Conde de Godó e antes de se preparar para Wimbledon e Roland Garros.

Nadal, que na segunda-feira, dia 25, apresentou um processo contra Roselyne Bachelot (a ex-ministra de Sarkozy que o acusou em um programa de televisão de estar dopado no fim de 2012 e início de 2013), também pediu, por meio de uma carta enviada à Federação Internacional de Tênis, que sejam publicados todos os seus controles antidoping. “Não se pode acusar sem provas. A ex-ministra deu um mal passo do qual não pode se arrepender. Rafa sabe que todos estamos apoiando-o cem por cento. Recebemos nesta casa muitas cartas de apoio a ele e destaco as que recebi da França”, destacou Alejandro Blanco.

“Que sejam 100 dias de saúde para nossos esportistas e que todos estejamos sorrindo na cerimônia inaugural”, comentou Miguel Cardenal, presidente do Conselho Superior de Esportes, no ato em que deu início à contagem oficial para os Jogos do Rio.

Conflito com a FIBA

Alejandro Blanco também se referiu ao conflito do basquete espanhol com a FIBA (a Federação Internacional), que deixou a seleção de fora do Eurobasket do ano que vem e coloca em risco a participação de Gasol e companhia nos Jogos do Rio. “Em termos de organizações esportivas há dois lados, o local e o nacional. Aqui podemos fazer o que considerarmos oportuno; em termos internacionais, temos de respeitar todas as normas das federações internacionais”, explicou o presidente do COE. “O problema do basquete é a Euroliga, a Eurocup e a FIBA. A três meses dos Jogos, quando estamos falando da equipe olímpica espanhola, não de clubes, é preciso que entrem em acordo obrigatoriamente e estou seguro de que entrarão, e nossa delegação levará sua seleção de basquete. É um problema de entendimento, de medir as consequências e avaliar que o basquete nos Jogos não pode prescindir das melhores seleções”, concluiu Blanco.

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