Kobe Bryant marca 60 pontos e ajuda time a vencer em despedida apoteótica
Mundo se mobiliza no adeus ao ídolo dos Lakers, que tem atuação magistral contra o Utah Jazz
Kobe Bryant esteve à altura da clamorosa despedida que recebeu dos fãs, respondendo com uma atuação magistral, como se estivesse no auge da carreira, e não no seu último jogo, aos 37 anos, sendo 20 deles dentro das quadras da NBA.
A torcida vibrou, assombrada, com a exibição de talento do seu ídolo. Marcou 60 pontos, decisivos na virada dos Lakers sobre o Utah Jazz (101-96), uma chave de ouro para a sua fantástica carreira. O time jogou para ele, e Kobe respondeu com esses 60 pontos, a soma das 22 cestas em 50 arremessos, sendo 6 das 21 tentativas detrás da linha dos três pontos, além de 10 acertos em 12 lances livres, 4 rebotes e 4 assistências.
Era como se ele estivesse na sua melhor época, num Staples Center dominado pela emoção e a admiração. Foi a sexta vez em sua carreira que ele chegou aos 60 pontos num só jogo, o que é também o melhor desempenho individual na atual temporada da NBA. “Não poderia escrever um roteiro melhor do que este”, disse Bryant ao público no final do jogo.
LOS ANGELES LAKERS 101-96 UTAH JAZZ
Los Angeles Lakers. Equipe inicial: Russell (9), Clarkson (12), Kobe Bryant (60), Randle (2) e Hibbert (4). Jogaram também: Marcelinho (2), Nance (8), Black (4) e Kelly (0).
Utah Jazz. Equipe inicial: Mack (12), Wood (4), Hayward (17), Lyles (18), Withey (10). Jogaram também: Neto (8), Booker (8), Ingles (12) e Johnson (7).
Parciais: 19-21, 23-36, 24-18 e 35-21.
Staples Center de Los Angeles. 18.997 espectadores.
Ele foi contemporâneo de Michael Jordan no basquete profissional e sai, 20 anos depois, deixando Stephen Curry e LeBron James como seus sucessores na estirpe dos jogadores lendários da NBA. Em todo esse tempo, foi a alma dos Lakers, time com o qual ganhou cinco títulos – três em sua primeira etapa, com Shaquille O’Neal, e dois já na fase madura, com Pau Gasol. A despedida esteve à altura da importância histórica da ocasião.
Desde que anunciou sua aposentadoria, em novembro, após várias lesões graves no tendão de aquiles, joelho e ombro, suas viagens com o Lakers passaram a se parecer com as turnês de algum astro do rock – mesmo nos ginásios onde foi mais vaiado e odiado nestes anos todos. No final, aflorou um sentimento de gratidão e admiração por um jogador único, altamente competitivo.
Magic Johnson, seu antecessor nos Lakers, foi o mestre de cerimônias do evento no lotado Staples Center de Los Angeles. Shaquille, Fisher, Popovich, Nowitzki, Garnett, Iverson, Curry, Durant, LeBron, Pau Gasol, Odom, Phil Jackson, Wade, seus atuais colegas de time e também um dos seus mais ilustres admiradores, Jack Nicholson – “Acho que eu deveria me aposentar com você”, comentou o ator –, foram algumas das personalidades que enviaram mensagens de despedida a Kobe, transmitidas no telão do ginásio.
“Percebi que havia conseguido tudo o que havia sonhado. Não era tão importante ser o melhor da história, e sim para onde ia a minha carreira e a influência sobre a geração seguinte”, disse Bryant, também num vídeo pré-gravado.
Flea, baixista dos Red Hot Chili Peppers, interpretou o hino dos EUA. A partida não valia nada em termos de classificação. O Utah esperava ficar com a oitava vaga da Conferência Oeste nos play-offs, mas o Houston acabou se classificando ao vencer o Sacramento (116-81) numa partida disputada pouco antes. Kobe Bryant esteve muito ativo desde o primeiro minuto, anotando 15 dos 19 primeiros pontos do seu time.
Lá se vai o ganhador de cinco títulos, duas vezes considerado o melhor em quadra nas finais, eleito o melhor jogador da temporada 2007/08, 18 vezes convocado para o All Star, terceiro maior cestinha da história da NBA, sub-recordista de pontuação em uma só partida, 81, em 2006, contra o Toronto, e bicampeão olímpico.
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— Kobe Bryant (@kobebryant) April 8, 2016
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