No Dia Mundial da Saúde, ONU alerta para avanço “implacável” da diabetes
Mundo tem 422 milhões de diabéticos, quatro vezes mais que em 1980
Cerca de 422 milhões de pessoas sofrem de diabetes no mundo todo, quatro vezes mais do que em 1980, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) por ocasião do Dia Mundial da Saúde, nesta quinta-feira. Segundo os últimos dados dessa agência da ONU, em 2012 os altos níveis de glicose no sangue foram responsáveis por 3,7 milhões de mortes no mundo (43% das pessoas com menos de 70 anos), sendo 1,5 milhão delas causadas diretamente pelo diabetes. Por isso, a agência alerta contra a “marcha implacável” dessa doença, que afeta 1 em cada 11 adultos.
A escalada da doença, que vitima 8,5% da população mundial, levou a OMS a lançar o primeiro relatório global sobre o diabetes e a dedicar este Dia Mundial da Saúde à conscientização da população sobre a doença. O relatório da OMS também alerta que a prevalência do diabetes cresceu especialmente em países de baixa e média renda.
O diabetes (nos tipos 1 e 2) afetava 108 milhões de adultos em 1980, sendo que em 2014 já chegava a 422 milhões. Segundo as previsões da OMS, essa se tornará até 2030 a sétima principal causa de mortes no mundo.
A OMS destaca a incidência da mortalidade em adultos na África, no leste do Mediterrâneo e no Sudeste Asiático. Além disso, cita o oeste do Pacífico como a região onde mais aumentaram as mortes entre 2000 e 2012 (de 490.000 mortes para 944.000).
Segundo as previsões da OMS, a diabetes se tornará até 2030 a sétima principal causa de mortes no mundo
A OMS diz que o aumento pode ser atribuído em parte ao envelhecimento da população, mas acima de tudo ao agravamento do sobrepeso e da obesidade na sociedade. Em 2014, quase um em cada quatro adultos tinha sobrepeso, e mais de um em cada dez sofria de obesidade. As mulheres são mais propensas ao sobrepeso e à obesidade do que os homens, destaca o relatório.
Existem duas formas principais de diabetes. As pessoas com diabetes do tipo 1 geralmente não produzem insulina, por isso precisam de injeções desse hormônio para sobreviver e suprir as carências do seu pâncreas. As pessoas com diabetes tipo 2, que representam 90% dos casos, costumam produzir insulina em quantidade insuficiente, ou são incapazes de usá-la adequadamente; em geral são pessoas com sobrepeso e sedentárias, duas circunstâncias que aumentam suas necessidades de insulina.
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