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Bélgica anuncia o envio de caças F-16 para bombardear o Estado Islâmico

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry atribui os ataques à debilidade do Estado Islâmico

Claudi Pérez
O primeiro-ministro belga, Charles Michel junto a John Kerry.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel junto a John Kerry.Andrew Harnik (AP)
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Após o luto e o gradual retorno à normalidade, a Bélgica está determinada a agir. O primeiro-ministro do Governo federal belga, Charles Michel, confirmou nesta sexta-feira que o país enviará caças F-16 para bombardear o Estado Islâmico (EI). Em meio a uma forte pressão após a renúncia rechaçada de dois ministros pelas falhas policiais relacionadas com os atentados da última terça-feira no aeroporto e no metrô de Bruxelas – que custaram a vida de 31 pessoas –, Michel se reuniu hoje com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e depois desse encontro anunciou que essa missão já tinha sido discutida no Parlamento federal. Em janeiro já estava previsto que os caças belgas substituíssem os holandeses no Iraque a partir de julho. Ainda não foi decidido se a Bélgica vai adiantar essa data e se vai enviar aviões para a Síria.

Em uma coletiva de imprensa com Michel, Kerry sugeriu que os ataques terroristas estão relacionados com a crescente fraqueza do Estado Islâmico no Oriente Médio. “A destruição do Estado Islâmico”, disse o secretário de Estado de Barack Obama, vai levar “tempo, paciência e persistência”. “Exige recursos, compromissos e cooperação e o reconhecimento de que este é um desafio global”, insistiu.

“A verdadeira razão pela qual o EI está recorrendo a ataques fora do Oriente Médio é porque sua fantasia do califado está desmoronando. Seu território está sendo reduzido a cada dia, seus líderes estão sendo dizimados e seus combatentes estão fugindo”, disse Kerry, que prestou suas condolências pelos dois norte-americanos mortos nos atentados. “Voltaremos com mais força”, “não vamos nos render”, “teremos sucesso, vamos destruir o Estado Islâmico”, previu.

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