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Sharapova pega no antidoping: “Espero ter outra oportunidade para jogar tênis”

Russa, ganhadora de quatro títulos do Grand Slam, toma há 10 anos produto vetado neste ano

Alejandro Ciriza
Sharapova, durante entrevista coletiva em Los Angeles.
Sharapova, durante entrevista coletiva em Los Angeles.ROBYN BECK (AFP)
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Havia muitas interrogações no ar. O anúncio de uma improvisada coletiva de imprensa, a estas alturas, levou muitos a pensar que Maria Sharapova talvez fosse pendurar a raquete. Mas não. A dúvida se esfumaçou, mas o baque foi tremendo. A russa convocou os meios de comunicação em Los Angeles para anunciar que deu positivo em um teste de controle contra o doping realizado na edição passada do Aberto da Austrália. A tenista, de 28 anos (completará 29 em 19 de abril), confirmou que consumiu nos últimos 10 anos Meldonium, um produto que desde primeiro de janeiro deste ano está proibido pela Federação Internacional de Tênis (ITF).

Sharapova, ganhadora dos quatro grandes (Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open) e ex-número 1 do mundo, argumentou que toma o medicamento há anos para enfrentar as lesões que a vem prejudicando ao longo de sua carreira. Em 2008 sofreu uma cirurgia no ombro direito e também teve diversos problemas na coluna. Nos últimos tempos, além disso, teve reiteradas complicações em um antebraço e este ano só pôde competir em Melbourne.

"Não quero terminar minha carreira dessa forma. Espero que me deem outra oportunidade para jogar tênis”, declarou Masha, atualmente em sétimo lugar no ranking. A russa espera agora a punição da ITF e enquanto isso não poderá participar de nenhum torneio. “Não sei quais serão as consequências. Acabo de receber a carta e vou trabalhar com a federação”, afirmou a tenista, que pediu desculpas aos fãs.

O Meldonium (comercializado com o nome Mildronate) foi descoberto nos anos setenta. Segundo os estudos, essa substância incrementa a resistência dos esportistas, ajuda na recuperação depois do exercício, protege contra o estresse e melhora a ativação do sistema nervoso central. Sharapova, reconheceu que o toma desde 2006. "Adoecia com frequência e tinha falta de magnésio, um histórico familiar de diabetes e sinais de que podia ter esta doença", especificou.

"Para além dos médicos e da equipe que me rodeia, eu sou a responsável", concluiu a russa, empresária (criou a empresa de balas Sugarpova) e ícone comercial (assinou seu primeiro contrato com a Nike aos 11 anos). Uma competidora feroz que moldou seu tênis desde os sete anos na prestigiosa academia de Nick Bolletieri, em Bradenton (Flórida). Para lá emigrou com seu pai, Yuri, e foi cimentou uma lustrosa trajetória que inclui os quatro majors, 35 troféus individuais e uma prata olímpica (2012). A partir de agora também inclui um importante mácula.

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