_
_
_
_
_

Crise econômica derruba produção de carros e Espanha supera Brasil em ranking

País latino-americano teve queda de 23% na montagem de veículos automotivos. Rússia também cai

Dani Cordero
Operários em fábrica na Espanha.
Operários em fábrica na Espanha.Albert Garcia

A produção de veículos na Espanha voltou em 2015 aos níveis de antes da crise de 2008. No Brasil, a recessão derrubou as cifras. Essas tendências antagônicas permitiram que o país europeu se situasse no ano passado como o oitavo maior produtor de veículos do mundo, segundo os dados da OICA, o patronato global dos fabricantes de veículos. A líder da classificação mundial continua sendo a China, que quase duplica as cifras do segundo maior representante da indústria, os Estados Unidos: são 24,5 milhões de veículos e caminhões ligeiros do gigante asiático contra os 12,1 milhões do norte-americano. O Japão, em queda, é o terceiro.

Enquanto a Espanha crescia ao ritmo de 13,7%, até chegar aos 2,7 milhões produzidos, os fabricantes brasileiros freavam suas fábricas, das que saíram uma produção 23% menor de unidades: 2,4 milhões. O país sul-americano tem piorado a tendência de queda do ano passado.

A evolução do Brasil é oposta a que mostra a Espanha, onde cresce a demanda interna e a produção, com alta de vendas de 14%. O avanço espanhol é o único registrado entre as dez primeiras posições, onde também estão representados Alemanha, Coreia do Sul, Índia, México e Canadá. O outro tombo da classificação foi a Rússia, onde a crise forçou muitos fabricantes a deixar o país. No último ano as vendas caíram 45%, enquanto a produção se reduziu 27%, o dobro de um ano antes, o que supõe ter montado pouco menos de 1,4 milhões de veículos em 2015.

Segundo as estimativas da OICA, o número de veículos que circulam pelo mundo superou em 2014 pela primeira vez o 1,2 bilhão. Em parte se explica pelo crescimento do mercado chinês, que passou de 7% da fatia mundial em 2010 para responder por 12% do total 2014.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_