Como estão os latino-americanos para o clássico de Madri?
O Real Madrid dispõe de cinco atletas americanos, enquanto Simeone conta com sete para o Atlético
Em 1902, quando 11 rapazes vestidos de branco entraram pela primeira vez em campo sob o nome de Madrid Football Club, linhagem do atual Real Madrid, havia um latino-americano entre eles: o guatemalteco Federico Revuelto. Foi o primeiro, mas não o último. Em quase 114 anos de história do clube, que conquistou o mundo com o argentino Alfredo Di Stefano, 80 jogadores com passaportes americanos vestiram a camiseta branca. Entre eles, cinco atletas que hoje treinam sob as ordens de Zinedine Zidane em Valdebebas: Keylor Navas (Costa Rica), James Rodríguez (Colômbia), Marcelo (Brasil), Danilo (Brasil) e Casemiro (Brasil). Pela casa do vizinho, o Atlético de Madrid, passaram 110 jogadores latino-americanos. Hoje há sete: Ángel Correa (Argentina), Kranevitter (Argentina), Augusto (Argentina), Vietto (Argentina), Godín (Uruguai), Giménez (Uruguai) e Filipe Luís (Brasil). No comando do Atlético estará este sábado em Chamartín o portenho Diego Pablo Simeone. Como estão os latino-americanos para o dérbi?
O sorriso de Zidane. Marcelo (Rio de Janeiro, 27 anos) contagia o Real Madrid com sua alegria. Sempre firme pela esquerda, o lateral brasileiro é o jogador mais profundo da equipe de Zidane. Desde que o técnico francês assumiu o comando, Marcelo anda mais livre. É um dos melhores sócios de Cristiano Ronaldo, com arrancadas que recordam as do mítico Roberto Carlos. Disputou 21 partidas nesta temporada do Campeonato Espanhol e marcou dois gols. Em entrevista coletiva nesta sexta, Zidane informou que Marcelo foi diagnosticado com uma lesão muscular e está fora do clássico.
O kaiser uruguaio. Diego Godín (Rosario, Uruguai, 30 anos) é provavelmente o jogador do Atlético de Madrid que melhor representa a frase “é preciso jogar com a faca entre os dentes”, célebre graças ao técnico Simeone. O zagueiro uruguaio é o exagero da intensidade apregoada pelo treinador argentino e a garantia para uma das armas preferidas do Atlético: a estratégia. Nesta temporada, disputou 24 partidas no Espanhol, marcou um gol, recebeu cinco cartões amarelos e um vermelho.
O lugar de Keylor. Depois de bater o recorde de Casillas sem sofrer gols no time e com a contratação de De Gea na garganta (o Real Madrid e o Manchester United fizeram um papelão por não poderem preencher a papelada a tempo de concluir a transferência), Keylor Navas (Pérez Zeledón, Costa Rica, 29 anos) se apossou do gol do Bernabéu. Com Ancelotti, manteve-se à sombra de Iker. Mas nesta temporada Benítez lhe deu a chance de ser titular no lugar de Kiko Casilla. Zidane não mudou de planos e o manteve defendendo a meta do time merengue. Nesta temporada, Keylor jogou 23 partidas com 20 gols sofridos (74% de efetividade nas defesas)
O garoto do ‘Cholo’. Luciano Vietto (Córdoba, Argentina, 22 anos) estreou na equipe titular do Racing Club de Avellaneda graças a Diego “El Cholo” Simeone em 26 de outubro de 2011. De Avellaneda a Manzanares, o treinador e o atacante se reencontraram neste verão. Vietto surpreendeu na temporada passada no Villarreal, em sua estreia no Espanhol, marcando 12 gols em 1.882 minutos disputados (um gol a cada 157 minutos). Nesta temporada, piorou a pontaria no Atlético: marcou um gol em 617 minutos (8,3% de acerto em chutes a gol). Mas o grupo de Manzanares confia em sua qualidade, e ele conta com a paciência de Simeone. El Cholo o conhece.
James quer ser James. “Todos vocês já viram como James está: precisa ainda de muito tempo e trabalho para recuperar o nível de jogo”, disse em novembro o então treinador do Real Madrid, Rafa Benítez. Com Ancelotti no comando, o colombiano marcou 13 gols em 29 jogos (todos como titular). Mas esta temporada começou mal para o camisa 10 merengue. Sua sintonia com Benítez não era boa e custou seu lugar: com o técnico madrilenho, substituído em 4 de janeiro, disputou nove partidas (sete desde o início). “Zidane foi meu ídolo”, afirmou James. Mas o colombiano ainda não conquistou Zizou totalmente. Com o francês no comando, entrou em campo em sete ocasiões (quatro desde o minuto zero). E com a Copa América à vista, James quer se reencontrar com seu melhor futebol, com o qual deslumbrou na Copa de 2014 no Brasil.
O herdeiro do camisa 14. “O Atlético acertou com Kranevitter”, afirmou o camisa 14 do Barcelona e da seleção argentina, Javier Mascherano, quando o ex-volante do River foi transferido para o Atlético no verão passado. Matías Kranevitter (Tucumán, Argentina, 22 anos) chegou ao time espanhol após perder a final do mundial de clubes ante o Barça com a camiseta do River e, aos poucos, desponta no estádio Vicente Calderón. Até agora disputou dois jogos (nenhum como titular), mas é uma aposta da equipe para o futuro. “Relaciono Matías com o primeiro Mascherano e com Almeyda”, disse Simeone, outro que jogou com a 14.
O conjunto de Simeone também é formado por: Angel Correa (Rosario, 20 anos), que disputou 16 partidas e marcou dois gols no Espanhol; Augusto Fernández (Buenos Aires, 29 anos), quetambém chegou no mercado de inverno boreal e participou de dois duelos; José María Giménez (Canelones, 21 anos), que disputou 16 jogos; e Filipe Luís (Jaraguá do Sul, Santa Catarina, 30 anos), que em seu retorno nesta temporada no Calderón esteve em 17 jogos e marcou um gol. Já Real Madrid também conta com: Danilo (Bicas, Minas Gerais, Brasil, 24 anos), que atuou em 15 partidas com dois gols; e Casemiro (São José dos Campos, São Paulo, Brasil, 24 anos), que jogou em 13 encontros, sete como titular.
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