Teerã liberta 10 fuzileiros navais dos EUA presos por entrar em águas iranianas
Os Guardiões da Revolução afirmam que os dois navios capturados estavam em águas territoriais
O Irã anunciou a libertação dos 10 fuzileiros navais norte-americanos detidos na terça-feira por entrar em suas águas territoriais. A informação foi confirmada em um comunicado divulgado pela televisão estatal pelos Guardiões da Revolução, corporação encarregada da vigilância das fronteiras iranianas que capturou os marines e reteve os dois navios em que viajavam. A notícia da detenção dos fuzileiros norte-americanos pelas autoridades iranianas foi destaque na mídia dos EUA e levaram ainda mais tensão à já tensa relação entre os dois países.
De acordo com o texto, os Guardiões da Revolução, também conhecidos como Pasdaran, colocaram em liberdade os nove homens e uma mulher que formavam a tripulação dos dois navios “após assegurar-se de que entraram em águas territoriais iranianas por engano” e depois de os fuzileiros navais expressarem suas desculpas. Mais cedo, o almirante dos Pasdaran Ali Fadavi tinha mencionado a chamada telefônica do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a seu colega iraniano, Mohammad Javad Zarif, “para pedir a libertação dos fuzileiros”, e indicado que estavam esperando ordens para colocá-los em liberdade.
“Zarif teve uma posição muito firme ao deixar claro que os fuzileiros se encontravam em águas territoriais do Irã e que era necessário que os Estados Unidos se desculpassem pelo ocorrido. Esse processo está em andamento e não demorará muito. As forças navais dos Guardiões da Revolução aguardam as ordens para aplicá-las”, afirmou Fadavi.
De acordo com as informações anteriores, a captura aconteceu às 16h30 hora local (11h30 em Brasília) de terça-feira, quando os dois navios de combate norte-americanos, com 10 fuzileiros navais armados a bordo, entraram em águas territoriais do Irã, perto da ilha de Farsi. Os detidos foram interrogados sobre suas intenções, mas foram tratados “de forma islâmica e se encontram completamente seguros”, disse o general Ramazan Sharif. “Receberam as advertências oportunas”, afirmou o general antes de acrescentar que, uma vez abordados, os navios foram inspecionados em busca de armas e equipamentos técnicos.
Quando foram capturados, os navios se encontravam dois quilômetros dentro das águas territoriais, segundo o comunicado do departamento de relações públicas dos Guardiões da Revolução, responsáveis pela vigilância das fronteiras. A mesma fonte divulgou que o GPS que os fuzileiros possuíam confirma esse ponto.
O almirante Fadavi detalhou, no entanto, que o incidente se deveu a problemas técnicos no sistema de navegação dos navios norte-americanos. Em vista disso, indicou que os fuzileiros navais “provavelmente seriam libertados”.
Tasnim também mencionou a conversa telefônica mantida entre Kerry e Zarif. Aparentemente, o ministro iraniano assegurou a seu colega norte-americano que os navios e suas tripulações ficariam livres logo. Sharif, no entanto, não confirmou nem desmentiu esse ponto, limitando-se a assinalar que não se deve brincar com os interesses nacionais do Irã.
Depois da captura, helicópteros enviados do porta-aviões norte-americano USS Harry S. Truman e do francês Charles de Gaulle, que se encontravam em águas internacionais próximas a Farsi, iniciaram a busca.
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