_
_
_
_

Argentina libera os controles sobre o peso

Governo Macri anuncia a eliminação das restrições à compra de divisas

Alejandro Rebossio
O ministro de Fazenda da Argentina, Alfonso Prat-Gay, na sexta-feira passada.
O ministro de Fazenda da Argentina, Alfonso Prat-Gay, na sexta-feira passada.MARCOS BRINDICCI (REUTERS)
Mais informações
Argentina busca recursos para liberar o controle cambial
Elevação das taxas do Federal Reserve é desafio a países latinos
Macri entra na primeira polêmica ao nomear juízes por decreto

O ministro da Fazenda da Argentina, Alfonso Prat-Gay, anunciou nesta quarta-feira em Buenos Aires a liberalização do controle cambial em vigor no país desde 2011. As restrições à compra de moeda estrangeira foram instauradas pelo Governo anterior, de Cristina Kirchner, para enfrentar a escassez de divisas de que o país padece por sua resistência a que o mercado fixe o valor do peso. O controle afetou o investimento nesses quatro anos e, por isso, o novo presidente, Mauricio Macri, havia prometido liberalizá-lo. Claro que essa medida provocará uma desvalorização que causará impacto em uma inflação já alta (24% anual até outubro, segundo dados não oficiais).

O controle cambial consistia em diversas limitações no mercado de divisas:

Existe um certo consenso entre os economistas argentinos sobre a necessidade da liberalização cambial e da desvalorização, mas o debate se volta para o ritmo em que isso será feito. Roberto Frenkel, do Centro de Estudos do Estado e Sociedade, defende a eliminação paulatina dos controles de capital e uma desvalorização rápida porque, segundo ele, isso evitaria a depreciação exagerada do peso, mas, ao mesmo tempo, incentivaria a entrada de divisas tanto de investidores como de exportadores. Por outro lado, Javier González Fraga, economista da União Cívica Radical (UCR, centro), partido aliado do liberal Macri, opina que todo o processo deveria ser conduzido pouco a pouco porque teme que uma inflação mais elevada resulte em pressões dos sindicatos peronistas e de esquerda, e em uma eventual perda de popularidade do novo presidente.

Vários sindicalistas já estão pedindo um aumento salarial natalino como contraposição ao impacto da desvalorização, e até ameaçam com greves. Um dos mais poderosos, Hugo Moyano, aproximou-se de Macri e disse que no mínimo pedirá em 2016 um reajuste salarial de 28%, abaixo da inflação de 30% estimada pelo JP Morgan ou dos 39% antecipados pelo Deutsche Bank. A organização social kirchnerista Tupac Amaru começou a protestar nas ruas.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_