Polícia sueca vê “motivos racistas” em ataque a colégio que deixou 2 mortos
Agentes dizem que o agressor "escolheu as vítimas pela cor da pele"
A polícia sueca afirmou nesta sexta-feira que acredita que o homem mascarado que matou duas pessoas ontem com uma espada num colégio tinha “motivações racistas” para atacar a escola, cuja maioria dos alunos pertence a famílias de imigrantes. Segundo o jornal Aftonbladet , o agressor era Anton Lundin Pettersson, de 21 anos, que morreu em virtude dos disparos da polícia. Após vistoriar sua casa, os investigadores de Trollhättan acreditam que o crime foi premeditado. Inclusive há indícios de que poderia haver mais alguém envolvido.
Os mortos, segundo o jornal, são o professor assistente Lavin Eskandar, 20, que teria sido assassinado ao tentar proteger os alunos, e Ahmed Hassan, 15, de família somali.
A polícia desta cidade industrial de cerca de 50.000 habitantes no sudoeste do país baseia-se em “sua roupa, seu comportamento na cena do crime” e sua escolha das vítimas para considerar que se trata de um crime de ódio racial. Uma câmera de segurança da escola registrou o ataque. Na filmagem, observa-se como Pettersson fala com as pessoas de pele clara sem agredi-las.
“Podemos confirmar que se trata de um crime racista porque o agressor escolheu as vítimas em função da cor da pele”, disse o chefe da polícia, Niclas Hallgren à Swedish Radio, segundo a BBC. O agressor “parecia muito emocionado enquanto caminhava pela escola com suas armas”, relatou o delegado Thord Haraldsson.
Por volta das 10h (6h em Brasília) de ontem, a polícia recebeu uma chamada que alertou para a presença de um homem mascarado portando uma espada no interior do colégio Kronan. O atacante matou um professor um aluno. Outras duas pessoas ficaram feridas.