Três israelenses morrem e 30 ficam feridos em quatro atentados seguidos
Netanyahu convoca uma reunião de emergência para tratar do aumento da violência
Pelo menos três israelenses morreram em quatro novos ataques com facas, sendo dois em Jerusalém Oriental e dois na cidade da Raanana, segundo fontes policiais israelenses. Há também 30 feridos, alguns em estado grave, em outros ataques pela mesma região. O primeiro-ministro Benjamim Netanyahu convocou para esta terça-feira uma reunião de emergência com os órgãos de segurança para tratar da onda de violência que já matou seis israelenses desde 1º de outubro, além de 24 palestinos. Os acessos a Jerusalém Oriental já foram fechados. Os ataques desta terça-feira ocorrem um dia depois de seis israelenses ficarem feridos com facas em três ataques, cujos autores palestinos acabaram sendo mortos a tiros.
Os atentados mais graves ocorreram em dois bairros de Jerusalém Oriental, onde três pessoas morreram e 21 ficaram feridas. No bairro de Talpiot, dois agressores atacaram passageiros de um ônibus, deixando pelo menos 16 feridos, sendo 8 em estado gravíssimo. Não há detalhes sobre o que aconteceu, mas fontes policiais disseram que um dos agressores abriu fogo contra os passageiros. Segundo o jornal Yedioth Ahronoth, um israelense morreu no local, e outro foi declarado morto ao chegar ao hospital.
Minutos mais tarde, cinco pessoas ficaram gravemente feridas em um atropelamento supostamente intencional ocorrido em Jerusalém. O motorista desceu do veículo munido de uma faca e tentou apunhalar os transeuntes antes de ser baleado. Segundo fontes hospitalares, um israelense morreu, e o agressor, um palestino de Jerusalém Oriental que trabalha numa companhia telefônica israelense, está gravemente ferido.
No começo da manhã, um israelense sofreu ferimentos leves ao ser esfaqueado na rua mais movimentada de Raanana, cidade ao norte de Tel Aviv. O agressor foi contido e espancado por transeuntes. A polícia israelense identificou o agressor como um jovem palestino de 22 anos, morador em Jerusalém Oriental.
A quarta agressão ocorreu também em Raanana, onde um homem esfaqueou pelo menos quatro pessoas, causando ferimentos moderados ou graves em duas delas, segundo a Estrela de Davi Vermelha (equivalente local da Cruz Vermelha).
O movimento islâmico Hamas comemorou os quatro atentados . “O Hamas abençoa os heroicos ataques ocorridos nesta manhã na Palestina ocupada”, diziam os alto-falantes de mesquitas na Faixa de Gaza. “Insistimos aos jovens para que continuem matando todo e qualquer israelense, em qualquer lugar, sempre que os virem. Enfrentem-nos onde quer que os vejam”, diziam os alto-falantes, que também anunciavam que “o que está por vir será ainda mais duro e mais violento”.
Nesta terça-feira, os palestinos declararam uma “jornada da ira” contra o aumento das visitas de judeus à Esplanada das Mesquitas, local sagrado situado no território ocupado de Jerusalém. Os palestinos, que reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu eventual Estado, consideram isso uma provocação e uma mudança do statu quo, o que o Israel nega. Além disso, a população árabe de Israel (20% do total) realiza nesta terça uma greve geral pelo mesmo motivo.
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