A desaceleração da China ameaça os empregos dos latino-americanos
Com retração no país e queda nos preços das matérias-primas, região ficará estagnada
Até 15 anos atrás, o que acontecia na China tinha pouca importância na América Latina. Agora, porém, a Argentina, o Brasil, o Equador e o Peru são muito mais impactados pelos altos e baixos do mercado chinês do que pela atividade econômica dos Estados Unidos.
A desaceleração da China, somada a uma queda nos preços das matérias-primas, farão com que a economia latino-americana se retraia 0,3% este ano, embora se espere uma recuperação para 2016.
Diferentemente do Brasil (que terá queda de 2,6% em 2015), países como Colômbia, Peru e Uruguai conseguiram manter um crescimento estável de cerca de 3%, apesar de já não terem mais o vento a favor. Por sua vez, a América Central, o Caribe e o México se beneficiam da retomada econômica dos Estados Unidos.
Neste vídeo, Augusto de la Torre, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, explica como essa situação afeta o emprego e a distribuição de renda. O tema é discutido no relatório Empregos, Salários e a Desaceleração da América Latina, apresentado em Lima, no Peru, onde o organismo internacional realiza suas reuniões anuais esta semana.
José Baig é editor on-line do Banco Mundial