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As mensagens mais compartilhadas em apoio aos refugiados sírios

Milhares de tuiteiros publicam expressões de solidariedade com #RefugiadosBienvenidos O menino Aylan Kurdi, que morreu tentando chegar à Grécia, tornou-se símbolo da tragédia

São muitos os que estão mostrando sua indignação nas redes sociais com o drama dos refugiados sírios que fogem da guerra civil de seu país e entram na Europa pela Grécia.

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Como publicou a editora Blackie Books em sua página do Facebook em 2 de setembro, “é muito complicado, quase insuportável, ter vida normal no escritório, compartilhar fotos de reluzentes edições de livros para crianças, trocar e-mails, fazer reuniões... sabendo que, enquanto isso, dezenas de milhares de pessoas, de CRIANÇAS, estão arriscando a sua vida (e em muitos, demasiados, infames casos, perdendo-a) para fugir da guerra, do desespero, e chegar à Europa. E não parece que a Comunidade Europeia esteja respondendo”. Sua reflexão foi compartilhada mais de 2.300 vezes.

Na manhã desta sexta-feira, #RefugiadosBienvenidos era o hashtag do Twitter que liderava a lista dos trending topics na Espanha, com 5.800 tuítes em um dia. Com esse lema havia tuítes que comparavam, de novo, a situação dos refugiados sírios com a dos espanhóis após a Guerra Civil, além de mensagens festejando que novas cidades se uniram à rede de municípios que acolherão os refugiados. Também aplaudiam a capa do jornal The Independent, que iniciou uma petição para que o Governo britânico receba os refugiados.

O perfil do Facebook de AJ+, um aplicativo móvel de notícias da Al Jazeera, publicou um vídeo que reunia alguns dos tuítes mais compartilhados com o hashtag #KiyiyaVuranInsanlik (em turco) e #HumanityWashedAshore (“a humanidade naufraga na margem”, em inglês). O vídeo inclui muitas das ilustrações que homenageiam Aylan Kurdi, o menino de três anos cuja foto, obra de Nilüfer Demir, tornou-se um símbolo. Também mostra as declarações de Kinan Masalmeh, um menino de 13 anos que recordava, em entrevista à Al Jazeera, que os sírios não querem ir para a Europa: “Apenas parem a guerra na Síria.”

Os usuários das redes sociais também compartilham muitas ilustrações que tentam refletir sobre a tragédia. Várias delas se dedicam a Aylan Kurdi.

Viñeta do Rompido publicada o 2 de setembro em El País
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Viñeta de Forges publicada o 4 de setembro em El País
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Rafat Alkhateeb, caricaturista jordaniano, explicou ao The Independent que desejava expressar, com essa ilustração, que “um menino não se importa com a guerra e os crimes. O menino só sabe de uma coisa: que o mundo inteiro é responsável por sua morte.”

Khalid Albaih, artista e ilustrador sírio residente no Catar, espera “que a humanidade encontre uma cura para os vistos”.

Azzam Daaboul, designer gráfico sírio radicado na Bélgica, escreveu num tuíte em que publicou esta ilustração que “estamos nos perdendo como seres humanos, e as pessoas morrerão ao redor das fronteiras”.

A ilustradora e animadora infantil Mahnaz Yazdani publicou esta imagem em seu perfil do Facebook, dentro do álbum Procurando uma Terra Segura.

O ilustrador argentino Liniers recordou que os humanos “não sabem fazer um mundo como la gente”, usando um jogo de palavras para dizer que não sabemos criar um mundo corretamente, de forma digna.

O ilustrador britânico residente em Dubai Tristan Fitzgerald, que assina como Mystictris, pedia que as pessoas não deixem que a compaixão se afogue.

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