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Casa Branca contrata funcionária transexual pela primeira vez

Raffi Freedman-Gurspan é uma ativista com ampla experiência em campanhas pela igualdade dos cidadãos transgêneros

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A Casa Branca contratou pela primeira vez uma cidadã transexual para a equipe do presidente Barack Obama, em mais um marco na luta pela igualdade dos transexuais nos Estados Unidos, após anos de intensa mudança tanto na opinião pública como nas leis em favor dos direitos dos homossexuais e transexuais.

Raffi Freedman-Gurspan deixará seu cargo de assessora do Centro Nacional pela Igualdade dos Transexuais para trabalhar no departamento de recursos humanos, antecipou o The Washington Post nesta terça-feira, citando fontes oficiais. Valerie Jarrett, assessora do presidente, disse em nota que Freedman-Gurspan “representa o tipo de liderança que esta Administração apoia”.

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“Seu compromisso com a melhoria da vida dos norte-americanos transgêneros, especialmente os pertencentes a minorias raciais ou em condições de pobreza, reflete os valores desta equipe”, acrescentou ela. A assessora de Obama é uma das principais aliadas da comunidade transexual dentro da Casa Branca e a encarregada divulgar medidas significativas como essa.

“O presidente Obama já disse muitas vezes que deseja que sua equipe de Governo reflita o povo norte-americano. Entendo que isso inclui os transexuais, e era inevitável que algum deles trabalhasse na Casa Branca”, afirmou em nota Mara Keisling, diretora executiva do Centro Nacional pela Igualdade dos Transexuais.

“O fato de a primeira funcionária transgênero da Casa Branca ser amiga nossa me inspira, como a tantos outros que nos beneficiamos das iniciativas de Raffi”, acrescentou Keisling, em referência às campanhas lideradas pela ativista para, entre outros casos, denunciar o aumento dos assassinatos de transexuais em todo o país e exigir a libertação de imigrantes transexuais que, por falta de documentação, não podem ser adequadamente protegidos nos centros de detenção. Keisling considerou “significativo” também o fato de Freedman-Gurspan pertencer a uma minoria racial.

Nos últimos anos, vários profissionais transgêneros foram incorporados a outros órgãos públicos federais, num sinal da velocidade com que os EUA abraçaram a plena igualdade de direitos da comunidade LGBT.

Mas só em 2015 a Administração Obama pediu o fim das “terapias de conversão” que buscam alterar a orientação sexual de jovens gays e lésbicas. Além disso, o Pentágono lançou um plano para estudar a integração de transexuais em suas fileiras, e todas as empresas que têm contratos com o Governo federal foram proibidas de praticar qualquer tipo de discriminação contra empregados homossexuais ou transexuais.

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