Protestos de taxistas contra o Uber param várias cidades da França
Governo tenta acabar com as manifestações proibindo os serviços da empresa
A indignação dos taxistas franceses explodiu na madrugada desta quinta-feira. A decisão da empresa americana Uber de estender seus serviços às cidades de Marselha, Estrasburgo e Nantes desencadeou um dos protestos mais violentos do setor contra o que ele vê como “concorrência selvagem”, além de ilegal. Houve agressões e enfrentamentos violentos em várias cidades, especialmente em Paris, e algumas zonas cidadãs amplas ficaram bloqueadas durante horas. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, pediu a proibição imediata do aplicativo UberPOP.
A queima de pneus no meio do rodoanel que circunda Paris deixou o trânsito parado desde as 7h (horário local), e o bloqueio durou mais de duas horas. O acesso a três terminais do aeroporto de Roissy-Charles de Gaulle ficou obstruído, e o acesso a Orly por rodovia também ficou impossível até as 11h30 desta quinta-feira. Os taxistas tinham marcado uma concentração às 6h em aeroportos e estações, e a tensão começou a partir desse momento, apesar de já terem sido registrados incidentes durante a noite. A polícia interveio para dissolver algumas das manifestações.
O aplicativo UberPOP para celulares, que oferece transporte com motoristas privados, desagrada profundamente ao setor dos táxis, que acusa o Governo de não implementar a lei existente desde outubro passado que permite o transporte com fins lucrativos de pessoas apenas em táxis ou VTC (veículos de turismo com chofer). A empresa californiana Uber levou o caso ao Conselho Constitucional e conquistou uma vitória parcial. Perto do meio-dia, diante do clima de tensão, Bernard Cazeneuve anunciou ter pedido à polícia a proibição imediata do aplicativo UberPOP. “A concorrência precisa ser leal, e esse não é o caso do Uber”, disse o ministro.
O aplicativo UberPOP para celulares, que oferece transporte com motoristas privados, desagrada profundamente ao setor dos táxis
As cidades mais afetadas pelos protestos, que se calcula tenham reunido quase 3.000 taxistas em todo o país, são Paris, Marselha, Toulouse, Nice e Bordeaux, tendo esta última ficado praticamente paralisada durante horas. Nas rodovias de acesso às grandes cidades, como a A13, que desemboca em Paris, os taxistas fizeram uma operação-tartaruga para desacelerar o trânsito. Muitas pessoas foram obrigadas a cobrir a pé a última parte do trajeto até aeroportos e estações, carregadas de malas e, em alguns casos, acompanhas de crianças.
Em dezembro passado Cazeneuve prometeu que o Uber seria proibido na França desde janeiro deste ano. A empresa, por sua vez, lançou uma batalha jurídica que vem permitindo sua operação contínua até hoje.
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