Novos desvios com a Lava Jato são uma incógnita, diz Bendine
Presidente da Petrobras diz que não sabe se novas baixas podem se identificadas
Em quase uma hora de conversa com jornalistas, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que não sabe dizer se haverá novas baixas identificadas pela empresa em nome da Lava Jato. Segundo a companhia, o cálculo da perda de 6,2 bilhões de reais foi feito com base nos depoimentos das delações premiadas assinadas pelos investigados na operação Lava Jato, que começaram com a prisão do ex-diretor Paulo Roberto Costa, em março do ano passado. O prejuízo se refere ao desvios praticados por cobrança de propina em contratos assinados entre 2004 e 2012 com 27 empresas identificadas nas operação da Lava Jato.
Bendine admitiu ainda que os acionistas da Petrobras vão pagar o preço do escândalo da Lava Jato. O prejuízo anual de 21,6 bilhões de reais registrado pelo balanço auditado da companhia, divulgado no final desta quarta, elimina qualquer chance de os investidores terem algum retorno financeiro. "Nós não vamos pagar", admitiu o presidente Aldemir Bendine.
Questionado se ele não deveria pedir desculpas à sociedade brasileira pela importância da companhia ao país, Bendine disse que sim, e que em nome dos 86.000 funcionários da empresa, "faço um pedido de desculpas". "Estamos com um sentimento de vergonha mesmo pelos mal-feitos que aconteceram, não sei se de dentro para fora, ou de fora para dentro", completou ele, lembrando que a Petrobras era mais vítima que culpada por esse processo.
Bendine procurou, ainda, desmentir que a empresa estivesse sem acesso a crédito no mercado, bem como a informação que circulou de que a companhia iria se desfazer de ativos do pré-sal, a reserva em águas profundas que garantiu um recorde de produção de petróleo da companhia.
À frente da empresa desde fevereiro, o executivo pediu ainda que a sociedade brasileira continuasse a acreditar na companhia. "Um a cada três barris de petróleo descoberto no mundo vem da Petrobras. Temos uma taxa de sucesso de exploração de 70%, contra uma média de 60% do mercado", garantiu.
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