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Carlos Slim tenta conquistar o mercado petrolífero do México

Magnata funde empresas que prestavam serviços à Pemex para fundar a Carso Oil & Gas

Sonia Corona
O milionário mexicano Carlos Slim.
O milionário mexicano Carlos Slim.EFE

O magnata mexicano Carlos Slim entrou na fila de empresários que enxergam oportunidades na reforma energética do México. Na última terça-feira, informou às autoridades mexicanas a criação de sua empresa Carso Oil & Gas. Para consegui-lo, o segundo homem mais rico do mundo fundiu duas empresas que já trabalham com a Petróleos Mexicanos (Pemex) na perfuração de poços petrolíferos no Golfo do México.

A Carso Oil & Gas começa a corrida pelo mercado energético no México com ativos de aproximadamente 3,48 bilhões de pesos (695,7 milhões de reais). Slim fundiu a Carso Infraestructura, Construcción y Perforación com a Condumex Perforación. As duas empresas possuem contratos com a petrolífera estatal que serão assumidos pela nova empresa. O magnata terá a capacidade tanto de continuar seu trabalho com a Pemex, como de competir com a empresa pública pelos novos contratos.

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A reforma energética do México, aprovada em 2013, permite a participação de investimento privado no setor depois de 76 anos nos quais o Estado administrou o monopólio da indústria. Slim consolida dessa forma suas oportunidades para obter contratos para explorar e perfurar jazidas no Golfo do México, onde se concentra a maior parte de sua experiência, assim como na construção de dutos para o transporte de hidrocarbonetos. O Governo mexicano designará os primeiros contratos, frutos da reforma, no segundo semestre de 2015.

Slim não é o primeiro empresário mexicano a tomar a iniciativa após o começo da reforma energética. Alberto Baillères, dono do conglomerado Grupo Bal, anunciou em fevereiro sua incursão na indústria petrolífera com a fundação de sua empresa energética Petrobal. Baillères, dono das mais ricas minas de ouro e prata no México, surpreendeu não somente com o anúncio de sua nova empresa, mas com a contratação de um ex-diretor da Pemex, Carlos Morales Gil, como chefe de seu novo projeto.

As empresas do multimilionário responderam às mudanças ordenadas pelas reformas impulsionadas pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. Por um lado, em seu interesse no nascente setor energético e por outro, em sua sobrevivência na indústria das telecomunicações. Na segunda semana de abril sua empresa de telefonia, a América Móvil, anunciou a cisão de ativos de infraestrutura passiva de suas empresas de telefonia celular no México. Slim busca assim evitar as penalizações que a nova legislação antimonopólios pode lhe impor.

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