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FCC negocia a entrada de Slim depois de romper negociação com Soros

O magnata norte-americano ia converter-se em acionista de referência

Esther Koplowitz, principal acionista do Grupo FCC.
Esther Koplowitz, principal acionista do Grupo FCC.EFE

A maior acionista da construtora FCC, Esther Koplowitz, não conseguiu fechar um acordo com o magnata George Soros para que este se tornasse acionista de referência da construtora. Negocia agora a entrada do multimilionário mexicano Carlos Slim.

A FCC finalizou o período de negociação exclusiva com o Soros Fund, empresa do milionário norte-americano de origem húngara George Soros, para que entrasse no grupo. Diante da falta de acordo, negocia agora com exclusividade com a família Slim, segundo anunciou nesta segunda-feira a empresa controlada por Esther Koplowitz em um comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

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Concretamente, o grupo de construção e serviços está negociando com o Controle Empresarial de Capitais, sociedade pertencente integralmente à Imobiliária Carso, que por sua vez é controlada pela família Slim.

Em 14 de novembro, o conselheiro delegado da FCC, Juan Béjar, anunciou que Esther Koplowitz, que controla 50,15% da FCC por meio da sociedade B-1998, tinha chegado a um acordo de exclusividade com um fundo de Soros para que participasse ao aumento de capital de 1 bilhão de euros aprovado pela Junta de Acionistas seis dias depois.

Com essa operação, Soros, que possui 3,8% da FCC, poderia ter chegado a uma participação próxima de 25%. O magnata norte-americano se tornaria acionista de referência depois da compra dos direitos de subscrição no aumento de capital de 1 bilhão de euros aprovado na semana passada. O acordo supunha um investimento de 500 milhões pela metade do aumento, aos quais se acrescentaria o valor dos direitos estimados em outros 160 milhões.

O financista de origem húngara já tem uma presença minoritária na construtora fundada pelo empresário de origem polonesa Ernesto Koplowitz nos anos quarenta do século passado, ainda que nunca tenha declarado uma participação significativa, ou seja, superior a 3% do capital.

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