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EL PAÍS homenageia vítimas do atentado ao ‘Charlie Hebdo’

Jornal promove ato em defesa da liberdade de expressão com jornalistas e cartunistas

Da esquerda para a direita e de cima para baixo, o presidente do grupo PRISA, Juan Luis Cebrián; o ex-presidente Felipe González; o pensador Bernard Henri-Lévy; o embaixador da França, Jérôme Bonnafont; o diretor do EL PAÍS, Antonio Caño; e os cartunistas El Roto, Forges e Peridis.
Da esquerda para a direita e de cima para baixo, o presidente do grupo PRISA, Juan Luis Cebrián; o ex-presidente Felipe González; o pensador Bernard Henri-Lévy; o embaixador da França, Jérôme Bonnafont; o diretor do EL PAÍS, Antonio Caño; e os cartunistas El Roto, Forges e Peridis.bernardo pérez

A sede do EL PAÍS em Madri foi nesta quarta-feira cenário de uma homenagem às vítimas do atentado contra o Charlie Hebdo e de uma “reivindicação pela liberdade de expressão”, nas palavras do diretor do jornal, Antonio Caño.

Do ato de solidariedade e reflexão participaram, além de Caño, o presidente do EL PAÍS e do grupo Prisa, Juan Luis Cebrián; o escritor e filósofo francês Bernard-Henri Lévy; o embaixador da França na Espanha, Jérome Bonnafont; e os três cartunistas do jornal, Peridis, Forges e El Roto. Também houve a projeção de mensagem gravada pelo historiador britânico Timothy Garton Ash e a leitura de um testemunho do escritor espanhol Juan Goytisolo.

“Nas semanas e meses que virão, vão acontecer muitas coisas importantes. Serão abertas discussões”, alertou Henri Lévy. O equilíbrio entre segurança e liberdade, a luta contra a islamofobia e o debate interno do islã foram os três eixos em torno do qual foi centrada a intervenção do pensador francês.

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Durante a abertura do ato, Caño afirmou: “Da existência do Charlie Hebdo depende a nossa. Sua liberdade é nossa liberdade. Ao matá-los, mataram alguns de nós também”. Ele declarou que, apesar de vivermos tempos complexos, de incerteza, “há ocasiões em que não há espaço para dúvida. Não cabem perguntas. Qualquer pergunta é o início de uma justificativa. Aqui não temos dúvidas, por isso convocamos este ato”.

El Roto definiu a homenagem desta quarta-feira como “um ato quase religioso, um momento de solidariedade com os companheiros, mas também conosco”. E acrescentou: “é o momento de criar um propósito, de trabalhar com a mesma valentia e liberdade com que eles o fizeram. Fazer que nosso trabalho seja útil para nos tornar mais livres. Vida longa ao jornalismo e vida longa ao Charlie Hebdo”.

Encerrou o ato Juan Luis Cebrián, que deu especial ênfase à necessidade de educar na tolerância. “Temos medo, mas nossas decisões não serão guiadas pelo medo. Não há força no mundo capaz de fazer calar a liberdade de expressão nas democracias”, concluiu.

O jornal publica nesta quarta-feira as caricaturas do Charlie Hebdo, em português e em espanhol, como forma de homenagem às vítimas do atentado selvagem sofrido na semana passada em Paris e também como forma de apoio à vontade de seguir em frente em circunstâncias tão difíceis, manifestada pelos sobreviventes do massacre.

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