Israel aceita um cessar-fogo de 12 horas na Faixa de Gaza
ONU, EUA e Egito propõem uma trégua humanitária de sete dias entre Israel e o Hamas O Unicef afirma que já morreram 192 crianças desde o início dos ataques
Os pedidos internacionais para conseguir um cessar-fogo na Faixa de Gaza se intensificaram nesta sexta-feira, quando completam-se 17 dias do início da ofensiva israelense. O total de mortos chega a 820 palestinos –192 crianças segundo o UNICEF– e 36 do lado israelense. Citando uma fonte do governo norte-americano, a agência Reuters afirma que Israel concordou com um cessar-fogo de 12 horas em Gaza a partir da 1h de sábado (horário de Brasília).
Horas antes, a ONU, os EUA e o Egito propuseram uma trégua humanitária de sete dias entre Israel e o movimento palestino Hamas coincidindo com o feriado muçulmano de Eid al Fitr, enquanto não se alcança um cessar-fogo definitivo.
Fontes israelenses citadas pela agência Reuters adiantam que o gabinete de segurança do Governo rejeitou a proposta do secretário de Estado norte-americano John Kerry para um cessar-fogo. Os detalhes específicos da trégua proposta pelos EUA não foram divulgados. Por enquanto, sabe-se que Israel decidiu propor algumas modificações depois de rejeitar o pedido, diz a mesma fonte.
O jornal israelense Haaretz, citando fontes do Executivo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, afirma que a proposta de Kerry se aproxima muito das posições do Hamas em vez de dar “prioridade” às questões de segurança.
A televisão pública israelense assegurou que o Governo de Netanyahu exige que o exército israelense permaneça em Gaza para continuar a destruição dos “túneis ataque” escavados pelo Hamas, mesmo durante uma possível trégua. O movimento islâmico Hamas ainda não se pronunciou.
Um diplomata ocidental afirmou que “se houver trégua humanitária, haverá negociações sérias”. No entanto, a mesma fonte evitou qualquer otimismo prematuro: “Os israelenses não querem que seja imposta qualquer condição”.
Por outro lado, o movimento islâmico palestino põe como condição para uma trégua a suspensão do bloqueio que desde 2006 estrangula a Faixa de Gaza, onde grande parte dos 1,8 milhão de habitantes depende de ajuda humanitária. A exigência foi reiterada pelo chefe do Hamas, Khaled Mechaaln, em uma entrevista à BBC.
A situação é tensa na Cisjordânia, onde cinco palestinos morreram no “dia de fúria” convocado para esta sexta-feira por organizações palestinas em protesto contra a operação militar israelense. Na quinta-feira, 16 pessoas morreram em um ataque a uma escola da ONU em Gaza. E o movimento islâmico insiste que disparou três foguetes contra o aeroporto Ben Gurion, em Tel-Aviv. O tráfego internacional foi afetado com a suspensão de vários voos, como consequência da queda de um foguete na terça-feira próximo ao aeroporto, o que o Hamas celebrou como uma grande vitória.
Mais de 820 palestinos morreram e 5.273 ficaram feridos, de acordo com o último balanço de fontes palestinas. O Exército israelense anunciou na sexta-feira a morte de mais um soldado – seria o trigésimo terceiro –, um reservista de 36 anos. O Exército anunciou no Twitter que um soldado desaparecido desde a semana passada morreu durante uma operação em Gaza. Em Israel, os foguetes do Hamas mataram dois civis e um trabalhador rural de origem tailandesa.
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