A Ucrânia afirma que os pró-russos derrubaram dois de seus caças
Os dois aviões teriam sido abatidos perto de onde caiu o MH17
A Ucrânia garante que os rebeldes pró-russos abateram dois se seus caças em Snezhnoye, localidade próxima à área onde um míssil atingiu o voo MH17 da Malaysia Airlines na quinta-feira passada, matando 298 pessoas.
Um dos caças ucranianos caiu no local, enquanto o outro teria continuado voando para o norte antes de cair. Ambos os aviões teriam sido derrubados com o uso de um sistema de defesa antiaérea portátil (MPADs na sigla em inglês). Disparados por um lançador apoiado no ombro de uma pessoa, esses mísseis terra-ar podem atingir alvos a mais de 3.000 metros de altitude. Os modelos mais conhecidos são os Stinger norte-americanos e os Iglá russos.
O piloto de um dos caças, um SU-25, ejetou-se antes da queda, mas os rebeldes encontraram apenas o seu paraquedas, afirma Igor Strelkov, cidadão russo que lidera a milícia separatista. A informação foi confirmada pelo porta-voz do ministério da Defesa ucraniano, Alexei Dmitrashkovski.
Houve combates intensos na área de Snezhnoye, a localidade fica a apenas 20 quilômetros da aldeia de Grabovo, perto de onde caiu o avião malásio que, segundo o Governo de Kiev, foi abatido por combatentes pró-russos. Há dois dias, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, proibiu seus militares de lançarem qualquer ataque em um raio de 40 quilômetros do local da tragédia.
Enquanto isso, continuam os combates entre as forças governamentais e os rebeldes nos arredores de Lugansk e outras cidades do leste da Ucrânia. Os separatistas da região de Donetsk dizem ter sido obrigados a recuar de algumas posições, enquanto os de Lugansk afirmam que estão lançando uma ofensiva bem-sucedida e conseguiram retomar o controle de Lisichansk. No entanto, de acordo com a assessoria de imprensa do que Kiev chama de “operação anti-terrorista”, os combates em Lisichansk não cessaram.
Moradores de Donetsk disseram à Reuters que os rebeldes armaram barricadas, especialmente na zona universitária, e se alojaram nos dormitórios estudantis. Fontes médicas citadas pela mesma agência falam em 423 mortos e 1.015 feridos desde o início das operações do Governo central para retomar o controle da região leste.
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