_
_
_
_

As principais companhias aéreas suspendem seus voos para Israel

A suspensão chega depois de um foguete cair próximo ao aeroporto de Tel Aviv

Um homem consulta a lista de voos no aeroporto da Filadélfia.
Um homem consulta a lista de voos no aeroporto da Filadélfia.M. R. (AP)

Todas as companhias aéreas estadunidenses e boa parte das europeias decidiram suspender seus voos para entrar e sair de Israel por conta de um impacto, nesta terça-feira, de um projétil lançado da Faixa palestina e que acertou uma casa a menos de dois quilômetros do aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.

A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos proibiu todas as companhias aéreas do país de voar durante 24 horas. A FAA considera que isso cria uma “situação potencialmente perigosa”, explicou a autoridade responsável pela aviação civil dos EUA. A Air Canada se somou à iniciativa, anunciando no Twitter que acompanhará a situação. Passadas as 24 horas regulamentares da proibição de voos, às 16h15 de quarta-feira (15h15 de Brasília), a FAA “avaliará a situação”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta mesma terça que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, o ajude a revogar a medida, segundo informa a agência Reuters, citando fontes oficiais de Israel.

As companhias europeias também reagiram. O grupo Lufthansa (que inclui GermanWings, Austrian Airlines e Swiss Air) suspendeu durante 36 horas seus voos para Tel Aviv. A Air France e a KLM cancelaram seus voos indefinidamente, enquanto a companhia aérea belga Brussels Airlines também os que tinha programados para terça e quarta-feira.

O único voo da Iberia que voava à capital israelense a partir de Madri também foi suspendido, medida que se estende à Vueling, para seus voos de Barcelona a Tel Aviv e vice-versa. Um avião da Turkish Airlines que voava de Istambul a Tel Aviv deu meia volta nesta terça depois de decidir suspender suas operações por 24 horas. As companhias locais, como El Al, Arkia e Israel Airlines mantêm suas atividades sem problemas, e tampouco se vê afetada, por enquanto, a linha regular, diária, com a Jordânia.

A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA, em suas siglas em inglês) recomenda às companhias europeias que não voem a Israel. Um porta-voz da agência afirmou em um e-mail à Reuters que antes da quarta-feira será emitido um boletim que inclui uma “forte recomendação” para que as empresas evitem o aeroporto de Ben Gurion.

O ministro de Transportes, Israel Katz, explicou às companhias dos Estados Unidos que “a decolagem e a aterrissagem no aeroporto de Ben Gurion não prevê nenhum problema de segurança para os aviões ou para os passageiros”, de acordo com uma nota oficial. “É um lugar seguro e está completamente protegido. Não há razão alguma para que se deixe de voar e que se pague o preço do terror”, acrescentou.

O golpe psicológico é importante pra Israel, um país rodeado de adversário com os quais não há comunicação fluída de nenhum tipo – com exceção da Jordânia e, com limites, o Egito –, isolado geograficamente e que tem na Europa e nos Estados Unidos seus principais apoios. Vai muito além do político; se fecha a eles o cenário onde fazem negócios, a cooperação universitária e tecnológica, a conexão com comunidades judaicas potentes, como a Holanda e os Estados Unidos.

A suspensão de voos chega em plena temporada alta, quando Israel estava recuperando seu ímã para o turismo, afundado nos anos da Intifada. Os operadores turísticos confirmaram na segunda-feira que estavam recebendo “importantes” cancelamentos de grupos e de indivíduos pela tensão da ofensiva em Gaza e pelos mísseis. Agora, eles podem ser massivos, e os prejuízos, milionários.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_