Um “erro de comunicação” gera ruídos sobre a segurança na Copa
Um sniper chegou a pedir permissão para atirar em suspeito que estava, sem autorização, no mesmo recinto que Dilma Rousseff na abertura do Mundial
Enquanto a segurança foi reforçada nas ruas com a presença do Exército para proteger os turistas, dentro do estádio do Itaquerão, durante o jogo de abertura, no dia 12, um grupo especial tinha a missão de proteger as autoridades presentes, incluindo a presidenta Dilma. O zelo com essa missão teria feito um atirador de elite pedir permissão para alvejar um homem armado que estava próximo à presidenta.
Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, um atirador do Grupo Especial de Resgate da Polícia Civil avistou um homem armado que estava próximo a Rousseff, e a autoridades da FIFA. O sniper então teria pedido autorização para atirar no sujeito. Seus superiores pediram para que ele esperasse um pouco. Até que descobriram que o homem armado era, na verdade, um membro do Grupo de Ações Táticas da Polícia Militar.
Procurada pelo EL PAÍS, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo enviou uma nota admitindo que houve um “erro de comunicação que foi rapidamente sanado, sem maiores consequências” e que “em nenhum momento foi colocada em risco a segurança das autoridades e ou torcedores”.
Ainda segundo a Secretaria, em casos como esses, o protocolo, nestes casos, três etapas: Primeiro, a autorização para o atirador carregar a arma, que por razões de segurança está sem munição; segundo, a autorização para que o sniper coloque o alvo na alça de mira; e, em terceiro lugar, a autorização para atirar. E “nenhuma destas três etapas foi deflagrada porque o erro de comunicação foi rapidamente corrigido. Afirmar que quase houve morte nesta situação é causar alarmismo”.
O episódio, entretanto, acabou obrigando as autoridades a darem explicações. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo disse nesta sexta-feira, em Brasília, que o episódio foi “normal” e “corriqueiro”. “Durante uma operação de segurança, há muitas situações que acontecem. Eu acompanhei desde o período da manhã todas as operações. E isso foi tão dentro do protocolo que nem chegou a nós”.
Já o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, resumiu o ocorrido da seguinte maneira: “Um atirador de elite da Polícia Civil flagrou numa área proibida a presença de alguém portando uma arma e um colete de um grupo de elite da Polícia Militar. Como era uma área que dava acesso à presidenta Dilma e outras autoridades, incluindo chefes de estado, o atirador pediu autorização para alvejar o suspeito. Essa autorização foi submetida a quem tem a atribuição de conceder e foi negada. Verificou-se que era um policial militar e ele foi retirado”.
A única dúvida que permanece é por qual razão um policial militar armado estava próximo da presidenta. Erro de procedimento na estreia em grandes eventos, ou muito barulho por nada?
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.