Irã se oferece para cooperar com os EUA diante do auge do jihadismo no Iraque
O presidente diz que apoiará seu vizinho “nos termos das normas internacionais”
O Irã está disposto a ajudar o Iraque, mas não enviará tropas para combater os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), afirmou no sábado o presidente iraniano Hassan Rohani, segundo a agência oficial de notícias iranianas IRNA. “Se o Governo do Iraque nos pedir ajuda, nós daremos toda a ajuda necessária para a população, mas por enquanto não estamos dispostos a enviar forças iranianas”, afirmou em uma coletiva de imprensa. O Irã está disposto a ajudar o Iraque “nos termos das normas internacionais”, acrescentou. “Se os Estados Unidos tomarem alguma medida contrária aos [jihadistas] do EIIL, podemos pensar em colaborar”, completou.
Rohani lembrou que a república islâmica do Irã nunca enviou tropas a outros países para “realizar operações” e que vê como “pouco provável que essa situação se coloque”. Sobre a possibilidade de colaborar com os EUA para enfrentar esse grupo extremista no Iraque, Lamentou também que “esses grupos terroristas” recebam “ajuda financeira e armamentista” de “países poderosos” ocidentais e da região para conseguir alcançar seus objetivos.
Rohani lembrou que, caso os terroristas decidam aproximar-se da fronteira do Irã, Teerã vai responder. “Se algum grupo terrorista quiser se aproximar de nossas fronteiras e sentirmos essa ameaça, sem dúvida vamos enfrentá-los com todos os recursos necessários”, avisou.
O Reino Unido, por sua vez, destinará um valor inicial equivalente a 11,1 milhões de reais para levar assistência humanitária de emergência aos civis iraquianos que estão fugindo do avanço dos rebeldes. Foi o que anunciou no sábado a secretária de Desenvolvimento Internacional, Justine Greening, que disse que “o Iraque enfrenta uma séria necessidade de ajuda humanitária” e acrescentou: “A contribuição do Reino Unido para a resposta internacional incluirá fundos iniciais para água limpa, remédios e produtos de higiene, assim como apoio para que o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) ofereça equipes de segurança e bem-estar para proteger as mulheres vulneráveis”.
Além de água limpa e remédios, a ajuda britânica incluirá produtos de higiene para as mulheres, artigos básicos para o lar e outros itens de limpeza.
A origem do EIIL é o chamado Estado Islâmico do Iraque, uma aliança de organizações radicais que nasceu sob o guarda-chuva da Al Qaeda no território iraquiano em outubro de 2006, durante a ocupação norte-americana. Em abril de 2013, o Estado Islâmico do Iraque acrescentou ao seu nome “e o Levante” (Síria) e anunciou que começava a agir também nesse país, enfrentando a cúpula da Al Qaeda, que pede que se limite ao Iraque. O objetivo do grupo, com práticas mais extremas inclusive do que a Al Qaeda e autor de numerosos atentados, sequestros e execução, é criar um emirado islâmico na Síria e no Iraque.
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