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GOVERNANÇA CORPORATIVA

As empresas espanholas terão que fixar cotas femininas nos conselhos

O Governo da Espanha evita impor um sistema para fomentar a igualdade na direção das companhias de capital aberto

Álvaro Romero
Entrevista posterior à reunião do Conselho de Ministros.
Entrevista posterior à reunião do Conselho de Ministros.Juan Carlos Hidalgo (EFE)

O Conselho de Ministros da Espanha aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei que obrigará as empresas a se impor uma meta mínima de mulheres para fomentar a igualdade nos seus conselhos de administração, um universo que segue dominado pelos homens.

Desta forma, frente à aspiração de políticas de cotas de outros países como a Alemanha, o Governo espanhol se dá por satisfeito ao obrigar as empresas a serem elas mesmas as que digam com quantas mulheres vão contar em seus máximos órgãos de direção. E que também expliquem como irão fazê-lo.

"As empresas terão de se retratar e tomar medidas para favorecer a igualdade nos processos de seleção, tanto no que diz respeito à alta cúpula da direção como nos conselhos", afirmou o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos. No entanto, além da má imagem de que fala o responsável pela lei, o não cumprimento dela não implicará em nenhum tipo de sanção administrativa ou econômica.

Segundo dados coletados por esse jornal junto a 114 grandes grupos ou empresas do país, a presença das mulheres nos conselhos de administração mal chega a 10,5%. Se a análise for restrita às companhias que fazem parte do Ibex, o principal índice da bolsa de Madri, a porcentagem chega a 16,6%.

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