Pyongyang realiza exercícios com fogo real perto da fronteira com o Sul
As práticas militares acentuam a tensão entre os dois países. Seul promete resposta Coreia do Norte disparou próximo da Linha Limite Norte, fronteira marítima que não reconhece Pyongyang efetuou exercícios similares em 31 de março
A Coreia do Norte realizou nesta terça-feira exercícios militares com fogo real em duas áreas próximas da fronteira marítima em disputa com Coreia do Sul, segundo informou o Ministério de Defesa em Seul. As práticas foram realizadas perto das ilhas sul-coreanas de Yeonpyeong e Baengnyeong. Pyongyang efetuou exercícios similares em 31 de março, em que disparou mais de 500 projéteis de artilharia perto da chamada Linha Limite Norte (LLN), uma fronteira marítima que está em disputa entre os dois países e foi palco de numerosos conflitos desde que a guerra da Coreia (1950-1953) acabou com um cessar fogo que nunca se converteu em tratado de paz.
A Coreia do Sul respondeu às práticas norte-coreanas do mês passado com fogo de artilharia para as águas do Norte depois que numerosos projéteis do Norte caíssem ao sul da linha divisória marítima em conflito. A LLN é uma extensão para o oeste, no mar, da fronteira terrestre que separa os dois países. Foi traçada ao final da guerra da Coreia, mas Pyongyang não a reconhece. Os enfrentamentos registrados no passado entre as forças navais dos dois países em seus arredores produziram dúzias de vítimas mortais em ambos lados.
O exército sul-coreano instou aos habitantes das ilhas próximas ao local dos exercícios a que busquem abrigo em algum dos muitos refúgios existentes, segundo informou a rede de televisão por cabo local YTN. Seul incrementou a presença militar na zona após o bombardeio norte-coreano de Yeonpyeong em 2010, em que morreram quatro pessoas. Pyongyang disse que foi uma reposta a exercícios com fogo real da Coreia do Sul. O Governo do Sul afirmou que seu exército está preparado para as anunciadas práticas de tiro e disse aos pescadores na área que saiam dela. O Norte disparou dois mísseis de alcance médio ao mar do Japão no mês passado.
O anúncio de Pyongyang é visto como um reflexo da frustração existente no Norte ante a falta de progresso para convencer a comunidade internacional de que lhe forneça ajuda.
O presidente norte-americano, Barack Obama, visitou na semana passada a Coreia do Sul, onde instou ao regime de Kim Jong-un a abandonar seu programa de armas atômicas e ameaçou com novas multas. Obama exigiu a Pyongyang que renuncie a suas ambições atômicas antes de relançar as conversas internacionais sobre o desmantelamento de seu programa nuclear, que podem conduzir ao fornecimento de ajuda a Pyongyang. Recentes análise de imagens satélite sugerem que a Coreia do Norte se preparou para levar a cabo a quarta prova nuclear de sua história, após as realizadas em 2006, 2009 e 2013.
Pyongyang reagiu com ira o fim de semana passado à visita de Obama e lançou um duro ataque sexista contra a presidenta da Coreia do Sul, Park Geun-hye, à que chamou de “prostituta depreciável” e que, segundo disse, Obama era seu cafetão. A agressão foi recebida com ira em Seul, que respondeu que os comentários eram imorais e continham palavras inaceitáveis
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