A França apoiará a Argentina no pagamento aos credores do Clube de Paris
O presidente francês afirma que fará todo o possível para apoiar os trâmites dos débitos argentinos
O Governo da Argentina quer pagar o que deve aos 19 países que integram o Clube de Paris. Agora o importante é responder como, quando e quanto. O Clube aceitou iniciar as negociações formais no dia 26 de maio. A partir daí, Argentina e os 19 terão que entrar em acordo sobre o montante da dívida, estimada em torno de 9,5 bilhões de dólares, um terço das reservas de divisas disponíveis no Banco Central. Também terá de discutir sobre os prazos de cancelamento, as formas e condições de pagamento e qual será o pagamento inicial. Mas, primeiramente, a presidenta argentina, Cristina Fernández, conseguiu nesta quarta-feira de seu par francês, François Hollande, declarações de apoio depois de um encontro privado no Palácio do Elíseo. Por enquanto são só palavras. Mas até agora a Argentina nunca contou com um respaldo público tão claro no Clube de Paris.
“Esperamos que a Argentina saia de seus problemas financeiros. Estamos fazendo todo o possível para apoiar os trâmites no Clube de Paris por que corresponde aos interesses de ambas as nações”, disse Hollande.
Na última década houve várias tentativas de alcançar um acordo, mas quase sempre fracassaram por que o Clube se negou a aceitar uma tira da dívida. Alemanha e Japão concentram quase 60% da dívida, segundo a agência Reuters. O acordo abriria para a Argentina a possibilidade de acessar créditos internacionais que aliviem as perdas de divisas sofridas no último ano pelo Banco Central.
O presidente francês comprometeu-se também a apoiar a Argentina no litígio que mantém contra os fundos de investimento que não aceitaram a oferta da dívida contraídas pela Argentina depois da crise de 2001 e exigem cobrar em sua totalidade o dinheiro que emprestaram somado aos juros. São chamados por Cristina Fernández de “fundos abutres”. 93% dos credores aceitaram a troca oferecida pelo Governo argentino, mas estes fundos preferiram litigar.
Por enquanto, a ida de Cristina Fernández à Europa está sendo proveitosa. Na segunda-feira manteve quase três horas de almoço em privado com o Papa e à saída declarou que compartilharam “uma linguagem comum”. E na quarta-feira, após quase duas horas, com Hollande, o presidente francês declarou em conferência de imprensa: “A França quer que a Argentina possa sair dos seus problemas financeiros e ela está conseguindo.” São só gestos e palavras. Mas nada desdenháveis.
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