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A esquerda colombiana se alia em um só partido para as eleições

As candidatas do Polo Democrático e da União Patriótica, com baixas perspectivas eleitorais, irão juntas à corrida eleitoral

As candidatas à presidência do Polo Democrático, Clara López Obregón, e da ressuscitada União Patriótica-UP, Aida Avella, decidiram se unir para se lançar como uma fórmula da esquerda às eleições presidenciais na Colômbia, cujo primeiro turno será no dia 25 de maio. López Obregón será a candidata à presidência e Avella à vice-presidência, segundo informa a imprensa local.

Esta decisão foi tomada pelas duas candidatas depois dos resultados das eleições legislativas do domingo passado, onde o Polo Democrático só conseguiu cinco cadeiras das oito que tinha no Senado, enquanto na Câmara conseguiu três. A UP, por sua vez, que voltou à política ativa após mais de duas décadas, depois que o Conselho de Estado devolvesse sua identidade jurídica, não levou nenhuma cadeira no parlamento.

As duas políticas já inscreviam suas candidaturas separadas e, segundo divulgado nesta quinta-feira, seus partidos fizeram uma consulta ao tribunal eleitoral que permitirá que Avella modifique sua inscrição, para se apresentar em coligação para as eleições, algo que será oficializado nesta sexta-feira.

López Obregón (64 anos), sobrinha do falecido ex-presidente Alfonso López Michelsen, é uma veterana dirigente de esquerda que também foi integrante da UP e é a atual diretora do Polo Democrático, o único partido que fez oposição a Santos nestes quatro anos de governo. Em 2010 foi candidata à vice-presidência de Gustavo Petro, e também foi prefeita de Bogotá, substituindo o destituído dirigente Samuel Moreno Rojas, hoje preso por corrupção.

Clara López Obregón e Aida Avella são duas políticas         de esquerda com uma longa experiência na Colômbia

Por sua vez, Aida Avella (65 anos) é uma das fundadoras da União Patriótica, um partido de esquerda que surgiu depois dos acordos de paz entre o presidente Belisario Betancur (1982-1986) com a guerrilha das FARC, que permitiu a um setor da esquerda e a vários chefes guerrilheiros fazer política e se lançar a cargos de eleição popular.

No entanto, desde o momento em que começaram a fazer política ativa, começaram também a ser perseguidos, deixando como resultado mais de 3.000 de seus militantes assassinados. Avella, que fez parte da Assembleia Constituinte de 1991, saiu exilada em 1996 para a Suíça, após um atentado nas ruas de Bogotá, e voltou no final de 2013, quando foi aclamada como a candidata presidencial da UP.

Até agora, segundo as pesquisas, as duas candidatas registram baixíssimos níveis de intenção de voto, fazendo com que a esquerda não tenha possibilidades de chegar a um segundo turno. A mais recente pesquisa da empresa Datexco registrou 3,6% das intenções de voto para Aida Avella, e 4,9% para Clara López.

Até o momento, anunciaram seus candidatos à vice-presidência o atual mandatário Juan Manuel Santos, que inscreveu seu nome junto ao seu ex-ministro estrela, Germán Vargas Lleras, em uma aliança entre liberais, a U e Câmbio Radical; o Centro Democrático com Óscar Iván Zuluaga com Carlos Holmes Trujillo; e a candidata conservadora Marta Lucía Ramírez, que elegeu seu colega ao ex-comissionado de paz do governo de Andrés Pastrana, Camilo Gómez.

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