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O iPad mantém seu reinado

O tablet da Apple é o mais vendido, mas o Android já tem uma fatia de 61,9% do mercado Em 2013 foram vendidos 195 milhões de tablets

Tablets de diferentes tamanhos e fabricantes.
Tablets de diferentes tamanhos e fabricantes.GORKA LEJARCEGI (EL PAÍS)

O Android ganhou a batalha da telefonia móvel e parece que também está fazendo isso com os tablets. E o phablet, modelos híbridos no meio do caminho entre ambos formatos é, desde o início, seu, pois a Apple ainda não pensou em entrar nesse terreno.

A consultoria Gartner acaba de publicar os dados de vendas de 2013. Ao todo, foram vendidos 195 milhões de tablets. Uma cifra que representa quase o dobro das 116 milhões de unidades vendidas durante o exercício anterior. Para além do próprio crescimento, chama a atenção o salto da Android: de 45,8% (com 53 milhões de tablets) para 61,9% do mercado. Ao todo, foram vendidos 120 milhões de tablets com o sistema operacional da Google, contra 70,4 milhões de iPads. Em 2012, foram 61 milhões de unidades de iPads.

iOS, o sistema operacional da Apple, perdeu sua participação de mercado de 52,8% para 36%. Há três anos eram os únicos. Em janeiro de 2011, o Google estreava Honeycomb, a versão 3.0 do Android, com o Motorola Xoom, o primeiro tablet pensado para ter um uso diferente dos anterioes. Desde então, a escalada do robô verde foi rápida.

A Apple adiantou-se criando a categoria de produto, mas custa para manter o seu reinado. É a marca que mais vende, mas a Samsung, o melhor aliado da Android, a persegue muito de perto. A firma coreana passou de 8,5 milhões para 37,4 milhões de Galaxy Tab produzidos, marca com a qual comercializa seus produtos de mais de sete polegadas. Sua fatia de mercado passou de 7,4% para 19,1%.

Roberta Cozza, diretora de pesquisa da consultoria, considera que a grande força da Apple é sua diversidade. A Apple, diz ela, valoriza a inclusão com o iPad Mini para poder competir em preço, mas segue com força nos produtos de mais alto padrão. Já a Samsung valoriza a amplitude da sua oferta: “com promoções constantes e marketing, diferentes preços e tamanhos, sem perder o valor da marca.”

A Amazon, por sua vez, tem motivos para se preocupar, ao menos no que se refere a seu Kindle Fire. Embora funcione com um sistema operacional próprio, está em aparelhos que usam o sistema Android, já que se trata de uma modificação feita pela empresa de Jeff Bezos, para integrar assim sua loja de aplicações, músicas e livros.

Entre as firmas que também crescem e se destacam está a Asus, com 5,6%, e a Lenovo com 3,3%. Desta última, a executiva ressalta sua capacidade inovar e surpreender o mercado em um ritmo bom. O restante do mercado, uma fatia de 31%, é dividido entre pequenos fabricantes. Aí se encontrariam muitos dispositivos de padrão mais baixo e de diversos tamanhos, mais populares no mercado asiático.

A Microsoft, cuja aposta formal neste segmento se centra no Surface, só pode celebrar que ele tenha passado de 1% para 2,1% do mercado, saindo 1,16 milhão unidades para 4 milhões de modelos vendidas. Isto se encaixa com a escassa adoção do Windows 8 e 8.1, o sistema operacional tanto de computadores como de tablets. Cozza acha que suas possibilidades de sucesso passam pela ligação com o os telefones: “ele deve ir além do PC, oferecendo serviços interligados com telefones, tablets e computadores.”

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