Beckham se lança à conquista de Miami com uma nova equipe de futebol
O ex-jogador será um dos fundadores de uma franquia da Major League que planeja um estádio no coração da cidade. “Esta é uma cidade cheia de paixão”, diz o britânico
Uma equipe profissional de futebol em Miami? “Por que não?”, respondeu David Beckham nesta quarta-feira pela manhã, após anunciar oficialmente sua decisão de investir na instalação de uma franquia da Major League Soccer (MLS, a liga norte-americana de futebol) nesta cidade.
“Miami é uma cidade vibrante, cheia de paixão, e temos certeza de que vamos ter sucesso”, disse o ex-jogador. Este segunda tentativa de estabelecer um clube local já conta com o aval das autoridades. O que falta: investidores que financiem a construção de um estádio em pleno centro da cidade e uma torcida disposta a encher as arquibancadas.
“Eu queria criar uma equipe que pudéssemos armar desde o começo. Sei que houve uma tentativa há dez anos que infelizmente não funcionou. Olhando para o futuro, quero criar uma equipe que seja muito pessoal. Quero fazer a minha própria equipe”, declarou David Beckham durante uma entrevista coletiva no Pérez Art Museum, em Miami, na qual esteve acompanhado pelo prefeito do condado de Miami-Dade, Carlos Giménez, e pelo comissário da MLS, Don Garber.
Desde que pendurou as chuteiras, em junho de 2013, Beckham vinha cogitando a ideia de fundar um clube em Miami, aproveitando a oportunidade que constava no contrato que assinou com o LA Galaxy, da Califórnia, em 2007, segundo o qual ele poderia adquirir uma franquia da MLS após sua aposentadoria, ao preço “promocional” de 25 milhões de dólares (cerca de 60 milhões de reais).
É a segunda vez que Miami tenta ter um clube profissional próprio. A primeira equipe, o Miami Fusion, foi fundada em 1998, e o plano era que funcionasse no Orange Bowl, no bairro de Little Havana. Mas a antiga arena foi demolida em 2008 para dar lugar ao novo estádio de beisebol do Miami Marlins. O Miami Fusion precisou então se mudar para o estádio Lockhart, localizado em uma área desabitada de Fort Lauderdale, a 40 minutos de carro de Miami. Os torcedores não enchiam o estádio, e em 2001 a equipe foi fechada por falta de público.
“Não podemos construir um estádio em duas semanas. Isto vai demorar, mas no que vamos nos concentrar agora é em encontrar os sócios e investidores corretos. Uma vez que os tenhamos, e que tenhamos nos sentado com o prefeito e os comissários, decidimos que queremos construir um estádio do qual possam se vangloriar, que seja um lugar maravilhoso”, afirmou o ex-meio-campista inglês. Desta vez não haverá investimento de recursos públicos na construção do novo estádio de futebol, como houve no estádio de beisebol dos Miami Marlins: um edifício monumental, que custou à cidade 64 milhões de dólares (153,4 milhões de reais), e ao qual comparecem poucos espectadores a cada temporada.
As negociações para decidir em que lugar da cidade será construído o estádio começaram há duas semanas, conforme informou o prefeito Carlos Giménez nesta quarta-feira. Mas tanto Giménez como Beckham asseguraram que o novo edifício estará em pleno coração da cidade, muito perto do American Airlines Arena – sede da equipe de basquete do Miami Heat – e do complexo cultural de museus e teatros do centro. “Ficaremos no centro. É importante que estejamos nesta parte da cidade. Vi o que Mickey [Arison, dono do Miami Heat] e sua família têm feito com o Heat, e essa arena que criaram. E os torcedores de futebol gostam de ir andando aos jogos, são uma comunidade”, declarou Beckham.
Ele preferiu não revelar os nomes dos jogadores nos quais pensou para formar o novo elenco, mas assegurou que trará os melhores para Miami. “Mas o mais importante é estabelecer uma academia de futebol, porque queremos contar com talentos locais”, anunciou.
Esse criadouro de jovens interessados no esporte é justamente o principal foco das apostas do ex-jogador, dos investidores que o acompanham e das autoridades locais. “Para ver a verdadeira paixão pelo futebol em Miami, basta visitar os diferentes bairros da nossa comunidade e olhar crianças de todas as idades e todas as origens jogando futebol em nossos parques. É aí onde está o futuro do futebol em Miami”, afirmou o prefeito Giménez.
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