Obama nomeará o chefe da cibersegurança da Marinha para a NSA
O vice-almirante Michael Rogers é especializado em encriptação e terá a tarefa de aplicar as reformas anunciadas por Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve designar o vice-almirante Michael Rogers como o novo diretor da Agência Nacional (NSA). Rogers, cuja nomeação deverá ser confirmada pelo Senado, é o atual chefe da cibersegurança da Marinha e deve chegar ao cargo em um momento em que a agência está sendo amplamente questionada por seus programas de espionagem. Ele terá a tarefa de levar a cabo as reformas da instituição para dar mais transparência a suas práticas e garantir a proteção da privacidade dos cidadãos.
“Este é um momento crítico para a NSA e o vice-almirante contribuirá com a agência enquanto ela continua com sua importante missão e executa as mudanças promovidas pelo presidente Obama”, afirmou o secretário de Defesa, Chuck Hagel, no comunicado da nomeação de Rogers.
O futuro diretor da NSA é especializado em encriptação informática e atualmente é o responsável pela cibersegurança da Marinha norte-americana. Rogers dirigiu mais de uma dezena de operações de ataque e de defesa informáticas e liderou missões de apoio em criptologia para unidades americanas deslocadas no golfo Pérsico e no Mediterrâneo.
Rogers liderou missões de apoio em criptologia para unidades americanas no golfo Pérsico e no Mediterrâneo
Rogers sucederá no posto ao general Keith Alexander, quem ficou à frente da NSA nos últimos nove anos. Como Alexander, além da direção da agência, ele será o responsável pelo Cibercomando, uma unidade de hackers do Exército criada em 2009 e que sempre foi comandada pela NSA. Entre as recomendações do grupo de especialistas encarregados da revisão das práticas de espionagem da entidade, aconselhava-se a separação das ambas instituições e que um civil estivesse à frente da NSA. A Casa Branca desde o primeiro momento recusou a proposta.
Uma vez anunciado a nomeação por Obama, Rogers deverá passar uma sabatina de um Senado muito dividido em torno do futuro e a extensão dos programas de vigilância da NSA. No Congresso foi apresentada uma proposta de lei, promovida pelos presidentes dos Comitês de Assuntos Jurídicos de ambas câmeras, o congressista republicano James Sensenbrenner e o senador democrata Patrick Leahy, que fatia a extensão das práticas de espionagem da agência, enquanto a responsável pelo Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, defende a manutenção dos mecanismos, com um aumento dos controles e a superintendência.
O número dois da NSA será Rick Leggett, encarregado de avaliar o controle dos danos causados pelos vazamentos de Edward Snowden. Durante uma entrevista ao programa de televisão 60 minutes, Leggett não fechou a porta a uma negociação sobre uma anistia para o técnico de informática, uma possibilidade que na semana foi descartada por completo pelo promotor-geral, Eric Holder. O posto de Leggett não precisa de uma aprovação prévia do Senado.
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