Uma falha no robô chinês ‘Yutu’ acaba com a sua aventura na Lua
O veículo sofreu problemas nos sistemas de proteção durante a noite lunar, segundo informou a agência espacial chinesa
A aventura do robô chinês Yutu no solo da Lua terminou antes do previsto. Ele durou um mês e meio desde a sua aterrissagem no dia 14 de dezembro e alcançou parte de seus objetivos. No entanto, a previsão de duração de sua missão era de três meses. A agência espacial chinesa comunicou que o veículo sofreu problemas em seus sistemas de autoproteção nas duras condições da noite lunar e provavelmente não voltará a funcionar. O jornal oficial do Governo Diário do Povo afirma que o robô não poderá mais ser consertado, embora não explique as causas da avaria, segundo uma nota da agência Efe.
No sábado passado, a agência Xinhua disse que Yutu sofria um problema de controle mecânico e que os cientistas estavam planejando o reparo. O problema se devia “ao complicado terreno da superfície lunar”. A avaria ocorreu na segunda noite lunar do robô, quando ele foi posto em hibernação. Um dia lunar dura 28 dias terrestres, com duas semanas de luz diurna e duas semanas de noite a temperaturas que chegam a 173 graus centígrados abaixo de zero, contra os 100 graus atingidos durante o dia. Para o fornecimento de energia, tanto Yutu como o módulo de descida da missão Chang E3, o primeiro a chegar à superfície lunar, levaram painéis solares e dispositivos de radioisótopos, que são baterias nucleares. O módulo entrou em hibernação em sua segunda noite lunar na sexta-feira passada, e Yutu fez o mesmo no sábado, quando os problemas técnicos começaram.
Durante a noite lunar, o Yutu ficava direcionado para o ponto onde o Sol voltaria a aparecer na manhã seguinte e guardava sua câmera, a antena de comunicações e outros instrumentos para protegê-los do frio, ao mesmo tempo em que mantinha a temperatura mínima indispensável em seu interior com a unidade de radioisótopos.
Em um mês e meio, a missão conseguiu triunfos notáveis, incluindo a aterrissagem controlada no solo lunar, o que tornou a China a terceira potência a fazer isso, depois da antiga União Soviética e dos EUA. Além disso, foram igualmente importantes a saída do veículo motorizado do módulo de descida, os primeiros metros percorridos ali, a tomada de uma amostra do solo com um braço, as primeiras análises de minerais e as imagens feitas do meio lunar e da Terra. No veículo motorizado estão instalados um radar de penetração no solo lunar, um aparelho de raios X, outro infravermelho e uma câmera panorâmica, enquanto o módulo de descida Chang E3 está dotado com um telescópio óptico, uma câmera de ultravioleta, uma câmera de aterrissagem e outra topográfica.
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