Identificado suposto autor do atentado na estação de Volgogrado
Começam os funerais das primeiras vítimas dos ataques que ocorreram em menos de 24 horas
As vítimas fatais dos atentados terroristas cometidos em Volgogrado aumentaram para 33 depois da morte de um dos feridos na estação ferroviária no domingo passado e de um passageiro do ônibus elétrico que explodiu na segunda-feira. As bandeiras de toda a província amanheceram hoje hasteadas a meio mastro pelo luto oficial decretado na região -- que se prolongará até a sexta-feira, inclusive --, enquanto tinham início os enterros dos que pereceram nos ataques perpetrados, aparentemente, por fundamentalistas islâmicos.
O suicida que detonou a bomba na estação ferroviária já estaria identificado e seria Pável Pechonkin, oriundo de Voljsk, uma cidade da república de Mari El, que pertence à região do Volga. Entretanto, os serviços de segurança não confirmaram ainda a notícia, dada por vários meios de comunicação russos, e os pais que não acreditam na culpa do filho, dizem que foram feitas as correspondentes análises de DNA, mas que os resultados ainda não são conhecidos.
Doente, ele trabalhou numa ambulância em Cazã, capital de Tartaristão, república da Federação Russa com população majoritariamente mussulmana. Ilnur, um conhecido de Pechonkin que frequentava a mesma mesquita, disse à rádio Eco de Moscou que esse, pouco conhecedor do Islã, se converteu em adicto das páginas fundamentalistas da web e que mudou radicalmente depois de cair na rede dos extremistas. "Era um jovem positivo e cheio de energia, bondoso e depois se fechou em si mesmo e praticamente não era visto com ninguém", acrescentou.
Quando os pais, Nikolai e Fanazia, ficaram sabendo que Pável -- que adotou o nome muçulmano de Ansar ar-Rusi (Ansar o Russo) -- havia se unido aos extremistas daguestaneses, viajaram a essa república e o procuraram em Buinaksk, uma vez que se dizia que ele militava em um dos grupos dessa cidade. Eles inclusive filmaram um vídeo no qual pediam ao filho que voltasse para casa.
Na chamada jamaat de Buinaksk atuam cinco grupos de extremistas islâmicos, um dos quais é dirigido pelo russo Alexei Pashintsev, do movimento islâmico fundamentalista wahhabi. Sob seu comando teria estado Pechonkin.
A princípio divulgou-se que a explosão na estação ferroviária havia sido obra de Oksana Aslánova, uma viúva negra oriunda do Daguestão, cuja cabeça teria sido encontrada no lugar da tragédia. Entretanto, mais tarde, os investigadores, depois de verem as gravações das câmeras que funcionavam na sala de entrada se desdisseram e afirmaram que a bomba estava na mochila de um homem. Não está claro se Aslánova participou do atentado do domingo e se a cabeça encontrada é dela ou de outra pessoa que simplesmente se parece com ela.
Aslánova era amiga de Naída Asiyálova, a terrorista que se imolou no dia 21 de outubro passado em um ônibus de Volgogrado. Essa mulher de 30 anos era precisamente de Buinaksk e estava casada com Dmitri Sokilov, um russo convertido ao islã que em novembro passado foi morto no Daguestão durante um enfrentamento com forças de segurança.
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