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Morre um operário na Arena Amazonas após queda de 35 metros

O episódio aumenta as preocupações relacionadas à segurança dos trabalhadores, à medida que o país avança o ritmo das obras

Operários na Arena Amazonas, em Manaus.
Operários na Arena Amazonas, em Manaus. MARCUS BRANDT (EFE)

O operário Marcleudo de Melo Ferreira, 22 anos, morreu na madrugada deste sábado na obra da Arena do Amazonas, estádio que está sendo construído na capital Manaus, na região Norte do Brasil, para a Copa do Mundo de 2014, após cair de uma altura de 35 metros.

O episódio aumenta as preocupações relacionadas à segurança dos trabalhadores, à medida que o país avança o ritmo das obras para entregá-las a tempo do início dos jogos, marcados para daqui a sete meses.

A Arena Amazonas está sendo construída pela Andrade Gutierrez. "Reiteramos o compromisso assumido com a segurança de todos os funcionários e que uma investigação interna está sendo feita para apurar as causas do acidente. As medidas legais estão sendo tomadas em conjunto com os órgãos competentes. Lamentamos profundamente o acidente ocorrido e estamos prestando total assistência à família do operário. Em respeito à memória do mesmo, os trabalhos deste sábado foram interrompidos”, disse a construtora em nota.

Esse é o mais polêmico de todos os 12 estádios que o país está construindo ou reformando para o Mundial. Com uma média de público de cerca de 800 pessoas no campeonato regional, o Estado do Amazonas não tem tradição no esporte e um magistrado chegou a sugerir que o local, que deve custar 600 milhões de reais, fosse convertido num centro de triagem de detentos depois dos jogos.

Um dos jogos importantes que vai ser realizado em Manaus é o confronto da seleção da Inglaterra e da Itália, no dia 14 de junho. O treinador da Inglaterra, Roy Hogdson, criou polêmica ao dizer que preferia ficar no grupo da morte do que jogar na cidade, conhecida pelo clima quente e úmido. Acabou ficando com os dois, já que seu time também acabou ficando na mesma chave em que a Itália, Uruguai e Costa Rica.

Outro acidente com a queda de um guindaste provocou duas mortes na Arena Corinthians, em São Paulo, no dia 27 de novembro. A obra está sendo construída pela Odebrecht e está com estágio de 94% de conclusão.

Além disso, houve outros dois acidentes fatais envolvendo obras dos estádios. Em junho do ano passado, um trabalhador despencou de uma altura de 30 metros, em Brasília, durante a construção do Mané Garrincha. Em março deste ano, outro caiu de uma altura de cerca de cinco metros, na Arena Amazônia, em Manaus.

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