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FUTEBOL | SELEÇÃO

Luis Aragonés anuncia sua aposentadoria

"Luis já é passado; acabou, não treino mais", reconhece o técnico madrilenho, de 75 anos, em uma entrevista ao jornal online Vozpópuli

Aragon?ante um treinamento na Eurocopa 2008.
Aragon?ante um treinamento na Eurocopa 2008.ALEJANDRO RUESGA

Luis Aragonés, o homem que construiu a base do sucesso da seleção espanhola, anunciou sua aposentadoria. O técnico, de 75 anos, deixa assim o mundo do futebol após uma quilométrica trajetória nos bancos. O técnico madrilenho dirigiu, entre outros clubes, o Atlético, Betis, Barcelona, Espanyol, Sevilha, Valencia, Oviedo, Mallorca e o turco Fenerbahçe, sua última parada. Mas, acima de tudo, será lembrada a sua passagem pelo banco da seleção espanhola, quando pôs fim a 44 anos de seca, quando conquistou a Eurocopa 2008, na Áustria e na Suíça. Aragonés estabeleceu, além disso, as bases da equipe que ganharia posteriormente a Copa de 2010, sob as ordens de Vicente del Bosque e, de novo, o campeonato Europeu.

TRAJETÓRIA DE LUIS NOS BANCOS

Atlético (1974-1980)
Betis (1981-1982)
Atlético (1982-1987)
Barcelona (1987-1988)
Esportivo (1990-1991)
Atlético (1991-1993)
Sevilha (1993-1995)
Valencia (1995-1997)
Betis (1997-1998)
Oviedo (1999-2000)
Esportivo (200-2001)
Atlético (2001-2003)
Esportivo (2003-2004)
Espanha (2004-2008)
Fenerbahçe (2008-2009)

"Luis já é passado; terminou-se, não treino mais", reconheceu em uma entrevista no diário digital Vozpópuli; "A idade me aposenta. E não foi muito difícil decidir. Antes de me aposentar, quando saí da Turquia, já sabia que ia ser difícil continuar. E hoje sei que é definitivo. São muitas circunstâncias. São muitas coisas as que te levam a dizer que acabou, que terminou".

O 'Sábio de Hortaleza' (o bairro de Madri onde Luis nasceu) chegou a ser cogitado para treinar a seleção do Chile e inclusive o futebol chinês interessou-se por ele. Na Espanha, seu nome foi cotado para o Villarreal e a Real Sociedad. No entanto, não voltou a se sentar num banco depois de sua passagem pelo futebol turco, após o glorioso episódio com 'La Roja'. "Eu peguei uma seleção e deixei uma equipe", explica o madrilenho, que também fala sobre sua saída da seleção: "O normal é que a Federação tivesse tentado mais para que eu ficasse; mas não fizeram nada".

Por outro lado, Aragonés criticou os dirigentes do Atlético, seu clube de coração e no qual militou durante dez anos (de 1964 a 1974) e o qual dirigiu em quatro etapas (1974-1980, 1982-1987, 1991-1993 e 2001-2003): "Os donos do clube não dão importância a Luis; se não, teriam se aproximado mais", disse, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa. E conclui: "Fui um bom jogador e um bom treinador, também não tenho um elevado conceito de mim mesmo".

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