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Uderzo processa sua filha e seu genro por “violência psicológica”

A disputa se arrasta desde 2007, quando Sylvie Uderzo e seu marido Bernard de Choisy foram despedidos da editora Albert René

Obelix e Asterix, revistos pelo ilustrador Marcos Balfagón.
Obelix e Asterix, revistos pelo ilustrador Marcos Balfagón.Marcos Balfagón

A nova etapa da batalha judicial opõe, há seis anos, Albert Urdezo, o criador de Asterix junto ao falecido René Goscinny, e sua filha e seu genro. O desenhista, de 86 anos, e sua esposa Ada, de 80, cansados dos sucessivos processos apresentados por sua herdeira, anunciaram nesta segunda-feira 02, através de seu advogado, que denunciarão o casal por “violência psicológica”. “Decidimos fazer entender a Sylvie Uderzoe seu marido que não vamos desistir”, declarou o jurista Pierre Cornut-Gentille. Em jogo está um império financeiro avaliado em dezenas de milhões de euros, construído em torno do personagem de história em quadrinhos mais vendido do mundo, com 352 milhões de edições.

A disputa familiar se arrasta desde 2007, quando Sylvie Uderzo e seu marido Bernard de Choisy foram despedidos da editora Albert René, concebida depois da morte do roteirista René Goscinny em 1979 para gerenciar as edições de Asterix. A filha única do desenhista se opunha à cessão da editora à empresa Hachette Livre, realizada no final de 2008, e decidiu então entrar “em resistência” ao se negar a vender sua parte das ações. Com o tempo cedeu à venda, mas apresentou um processo, no início de 2011, por “abuso de confiança”, ao considerar que o meio de seu pai se aproveitava de sua avançada idade para influenciar o gerenciamento de sua obra e de sua fortuna.

“Desde que apresentaram o processo, nossa vida se transformou em um inferno”, relatam Albert Urdezo e sua esposa em uma carta pública, feita por seu advogado. “Sofremos desde o dia 16 de fevereiro de 2011 uma perseguição judicial orquestrada por nossa filha e por seu marido, cujo objetivo é nos apresentar como fracos e com pouca influência”, escrevem e consideram que sua filha e seu marido “não querem nenhuma reconciliação”. O advogado dos pais estimou que esse processo será bem sucedido, mas que a filha apelará a decisão, o que faria com que a batalha judicial seguisse se estendendo.

“É uma decisão dolorosa, mas quero que a justiça estabeleça que meus pais foram vítimas de aproveitadores que roubaram e romperam a minha família”, declarou Sylvie Urdezo, quando apresentou o processo. Desde então, voltou à justiça, desta vez no último mês de outubro, contra o experiente contador do desenhista por “falso depoimento”. “Estas ações não têm objetivo maior do que atentar na contramão de nossa integridade psicológica, acelerar nossa fraqueza e para pôr a mão sobre nosso patrimônio”, estimam Albert e Ada Uderzo.

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